Os Tales For The Unspoken regressam em peso, quatro anos depois, com CO2, o seu segundo álbum longa duração e com edição, desta feita, a cargo da Raising Legends. A banda já anda em Tour de apresentação do seu novo disco por todo o país, e nós aproveitámos para estar à conversa com eles:
SFTD Radio- Olá Malta! Em género de apresentação, e para os menos atentos, quem são os “Tales for The Unspoken”?
TFTU – Olá, antes de mais, obrigado pela oportunidade que nos deram de poder divulgar o nosso trabalho.
Os Tales For The Unspoken são uma banda de Coimbra, fundada nos finais de 2007. Em 2008 lançámos um EP homónimo, e também o videoclip da música “Say My Name”, que veio a ser um dos grandes impulsos para termos mais concertos. Em 2011 saiu o “Alchemy”, que veio abrir ainda mais portas, e divulgar ainda mais o nome da banda. Recentemente saiu o “CO2”, que veio reacender o nosso fulgor e dar a conhecer outra abordagem face ao primeiro álbum. Sofremos algumas alterações a nível de formação mas sempre com a mesma génese, fazer música sem cair no rótulo do estilo. O facto de ser composta por elementos de várias nacionalidades, contribui para estarem espelhadas as influências culturais de cada membro, bem como as influências dentro do próprio metal, dado que cada um tem as suas preferências.
SFTD – Vocês estão a promover pelo país o vosso último registo discográfico… Porquê o nome “CO2”, além do facto de ser o símbolo químico do dióxido de carbono? Tem alguma coisa a ver?
TFTU – O título não é ao acaso, a nossa intenção foi estabelecer uma relação com o estado que se vive a nível global. Como bem sabemos, o CO2 é um elemento altamente tóxico, a ideia deste nome foi estabelecer um paralelismo com outros “males do mundo” que o estão a destruir. Pobreza, fome, tráfico humano, perda de ideais por parte dos governantes, são algumas das temáticas que se podem encontrar nas letras do “CO2”
SFTD – “CO2” é um álbum com um som bruto, pesado e, a meu ver, diferente de “Alchemy”. A entrada de um novo baixista, o entrar sangue novo na banda, contribuiu de certa forma para esta… linha de evolução?
TFTU – A troca de membros influência sempre no som que criamos, mas neste caso específico era algo que já se vinha a notar. Os riffs que iam sendo criados tinham outra abordagem e que foram influenciar também a parte rítmica. A nossa ideia não é seguir uma linha dita purista em termos de estilo, deixamo-nos ir para onde a nossa inspiração assim o ditar, essa é sem dúvida a nossa máxima no que diz respeito à inspiração.
SFTD – Vocês escolheram a Raising Legends para a produção, mistura, masterização e edição do disco, pelas mãos do André Matos. Como foi a logística toda? Tendo em conta que vocês são de Coimbra e o estúdio no Porto? E acredito que tenham outra ocupação além da música…
TFTU – Essa parte foi algo complexa, visto que todos os membros trabalham, porque a música nem de longe , nem de perto nos sustenta. Com bastante esforço da nossa parte, e flexibilidade por parte do André, em relação a horários, e aos dias que tínhamos disponibilidade, lá fomos gravando. Demorámos mais que o previsto, dadas todas essas condicionantes, mas saiu algo que era do nosso agrado e representa bem o que neste momento a banda quer em termos musicais.
SFTD – Este álbum conta com alguns convidados… Querem apresentá-los? Deixem-me dizer -vos que a voz feminina deu um toque bem especial em “Resilient Winter”…
TFTU – Com as amizades que fomos fazendo ao longo destes anos, das bandas com quem fomos partilhando os palcos, decidimos dar a possibilidade dessas amizades também contribuírem para enriquecer o álbum. O Rui Alexandre (guitarrista) dos Terror Empire, escreveu a letra da “I, Claudius”, que foi cantada, em algumas partes, pelo Miguel Inglês (vocalista) dos Equaleft. O Ricardo Martins (vocalista) dos Terror Empire, canta na “Crossroads”. O Malone dos Equaleft (guitarrista), gravou uma parte na “World’s Biggest Lie”. Por fim a Joana Vieira (Raising Legends) canta na Resilient Winter. Como podem ver, houveram muitas pessoas a ajudar nesta nossa luta.
SFTD – Portugal é pequeno e saturado a todos os níveis. No vosso caso, pensam em distribuir “CO2” fora do país? Internacionalizá-lo?
TFTU – Sem dúvida que Portugal é um mercado pequeno, no metal ainda mais pequeno se torna. A nossa intenção passa por tentar uma divulgação além fronteiras, estamos a estudar a melhor forma para o fazer e, eventualmente, conseguir umas datas para concertos no estrangeiro. É um processo complicado, visto que cada um tem o seu trabalho, mas é uma aposta da nossa parte.
SFTD – A Tour de apresentação de “CO2” já passou por algumas cidades, como tem sido a reacção do público?
TFTU – A reacção do público tem estado a ser bastante positiva. Passaram 4 anos desde o lançamento do “Alchemy” e havia bastante curiosidade, por parte de quem nos segue mais de perto, sobre a sonoridade deste álbum. Parece que não decepcionámos quem esperou este tempo todo, é uma abordagem algo diferente, mas nos concertos temos notado que foi bem aceite por quem assiste.
SFTD – No próximo dia 06 de Junho vão actuar no “Bota’ Baixo” em Montijo. Do que é que os vossos fãs podem ficar à espera?
TFTU – Os fãs podem esperar de nós aquilo que até agora tem sido a nossa preocupação, entrega total da nossa parte a quem está presente e claro, nós a puxar pelo público para fazer a festa. Boa disposição acima de tudo.
SFTD – E por onde vão andar a seguir?
TFTU – A data seguinte vai ser dia 4 de Julho, no Hell in Sintra, aproveitem a oportunidade para ver o nosso concerto. Quem não puder aparecer, pode ir acompanhando as datas futuras no Facebook da banda.
SFTD – A SFTD Radio deseja-vos sorte para o reinado de “CO2”, que pode ser encontrado à venda?…
TFTU – Quem tiver possibilidade de ir aos concertos pode comprar na nossa banca do merchandise. Quem é de mais longe, pode entrar em contacto connosco e encomendar, ou também no bandcamp, spotify, Itunes, o álbum também está disponível. Mais uma vez obrigado pela oportunidade.
Os Tales For The Unspoken são: (clica no vídeo!)
Ouve aqui o novo trabalho CO2:
Texto: Sabrine Lázaro
Fotos: Cedidas por Tales For The Unspoken
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