Mais um ano se passou em que o Moita Metal Fest juntou uma grande família, tanto de bandas como de público e forneceu-nos um fim-de-semana para repetir!
A entrada da Sociedade Estrela Moitense começou lentamente a cobrir-se por um manto negro de risos, abraços, conversas ou até mesmo um copo de cerveja, porém, o que mais corria por entre os nossos ouvidos era que os
Sangue Lusitano eram compostos por 3 membros, sendo que um deles tinha apenas 13 anos. A curiosidade foi tanta que pouco antes do concerto, a sala já se aclamava cheia.
Sangue Lusitano começa então uma tão aguardada noite, com o seu instrumental progressivo que fez surpreender todos os rostos presentes. “Adamastor” e “Cabo das Tormentas” fizeram o público aplaudir sem conseguir parar assim como a nova música, que por enquanto se intitula de “Nova”. Das melhores recepções que já vi um público a ter a uma banda que pouco se enquadrava com as restantes do dia, um excelente aquecimento para o que se avizinhava!
Segue-se a banda portuguesa Bleeding Display, tocando temas como “Beyond Flesh” e “Dark Passenger” que fizeram o público aquecer o corpo, surpreendendo também com um cover de Cannibal Corpse “Hammer Smashed Face”. Grande maneira de começar a diversão vendo todo o público a vibrar!
The
Quartet of Woah! a tão consagrada banda que anda a rodar todos os festivais e salas de espetáculos de Lisboa e arredores, mostraram ao Moita que o seu rock progressivo era poderoso o suficiente para subir aquele palco, com músicas como “
Empty Sream”, “
Taste of Hate” e “
U-Turn”.
Eis então que chega uma das bandas mais esperadas da noite, os grandes portugueses
Switchtense que mais uma vez fizeram todo o público vibrar, cantar e saltar. “
Second Life” e “
Into The Word of Chaos” deliraram toda a sala que se despediu com pena da partida da banda, mas a noite ainda era apenas uma criança!
Angelus Apatrida fecharam o primeiro dia do Moita Metalfest. Sem pestanejar mostraram que quando se trata de diversão, que não brincam em serviço! “Vomitive”, “You are Next” e “Blast Off” fizeram parte da setlist, mas a noite não podia acabar sem mais uma presença do grande Hugo (vocalista de Switchtense) que partilhou o palco com a banda espanhola.
O primeiro dia acabava, mas o segundo e último já começava logo ao início da tarde seguinte.
“
Reborn” dos portugueses
Burn Damage é a música que dá inicio ao último dia do festival. Ainda com uma sala pouco composta, não se deixou de ver um público animado e surpreendido com a grande voz da vocalista
Inês Freitas.
Kapitalistas Podridão, com apenas dois anos de existência, mostraram que a violência das suas palavras e dos seus instrumentos vai permanecer no mundo da música portuguesa. “
Cães do Estado” e
“Podridão Nacional” criticam o Portugal de hoje, músicas que qualquer um de nós facilmente se identifica!
Seguem-se os Diabolical Mental State que com o seu Trash Groove, surpreenderan o público com a presença de um dos vocalistas de Steal Your Crown, Diogo César, dando um toque de Hardcore ao dia!
Os portuenses
Equaleft continuam o resto do dia com “
New False Horizons” seguindo com “
Alone in Emptiness”.
Miguel Inglês fez marcar a presença da banda após o seu grande
crowd surf, fazendo com que o público fizesse parte da banda.
De Coimbra, chegaram os
Tales For The Unspoken para arrasar com o Moita!
“Just Another War” fez cabelos voarem, mas o mais inesperado foi a apresentação de uma música nunca antes tocada pela banda,
“Soul for a Soul”.
Antes da pausa para jantar, My Enchantment sobem ao palco e o público mostrou à banda que por mais fome que houvesse, não poderiam perde-los! “The Fallen” iniciou o concerto, seguindo de “Machinery”, terminando com “Inner Sactum”.
Após uma pequena pausa para repor as energias de uma tarde atribulada, cheia e cansativa mas com muita bebida e conversa à mistura, os
Gates of Hell retornam mais uma vez ao palco do Moita Metal Fest. Assim que se ouve a primeira música, a sala volta a encher e o público mostra que voltou com força após o intervalo.
“Critical Obsession” finaliza o concerto com uma sala que já se encontrava repleta de gente.
Viralata deu um novo ambiente, com músicas que o público conhecia e que cantou do inicio ao fim, como “
A mota é linda”. Relembraram também a morte do grande Ribas, dedicando a música “
Censurados” ao mesmo, um grande momento!
“Man Kills, God Too” dá inicio ao concerto de Scent of Death, com o baterista de Grog. Os espanhóis não estavam para brincadeiras e prenderam o público à sala e à música! “Feeling The Fear” e “The Enemy of My Enemy” compuseram o concerto.
Primal Attack! Mas que grande destruição e que grande maneira de acordar para o resto da noite. Músicas do álbum “Humans” compuseram a setlist como “Safe and Strong” e “Strange Attraction”. Assim como Viralata voltaram a relembrar a morte do Ribas e da grande perda que foi, mas sem querendo deixar o público triste, o Hugo de Switchtense sobe e canta “Despise You All” juntamente com o vocalista Pica.
Trinta & Um sobe ao palco, e mostra que o
Punk em Portugal ainda está vivo. Após vários anos, a música “
Merda de Polícia” do álbum
“O Cavalo Mata!” de 1997 é novamente tocada ao vivo fazendo surpreender os fãs que existiam pelo público. “
Bomba Relógio” e “
Será Assim Até ao Fim” foram também ouvidas e
Zé Goblin não deixou de agradecer e falar sobre a história da banda.
Chega finalmente a última banda do dia e a que finalizava um fim-de-semana de loucura, os grandes portugueses
Gwydion! Inicialmente começou a notar-se que o público já se encontrava cansado, mas o
Folk Metal não consegue deixar nenhum parado. “
Timeless Conception” deu introdução ao concerto, mas “
Fighting to the End” e “
Veteran” continuaram-no em grande! Um concerto digno do palco que pisaram e do papel importante que assumiram – encerrar o festival.
Fora de rodeios, quero salientar que quem nunca foi ao Moita Metal Fest, não pode perder mais um ano, pois o ambiente vivido este fim-de-semana poucos festivais o têm! Quero agradecer também a toda a organização pelo excelente trabalho, pois não só as bandas têm que agradecer mas também os que tiveram presentes e se divertiram a cada minuto dentro do recinto.
Até para o próximo ano, e que se continue a ouvir muito “Moita C*ralho!”.
Texto: Mariana Pisa
Fotos: António Gaspar e Pedro Granada Photo
Vídeos: Nuno Santos
Podem ver aqui (quase) todas as fotos: (também disponíveis aqui no Facebook). É que há muitas mais a caminho 🙂
Aqui ficam os nossos vídeos dessas duas noites (playlist com 12 temas)
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