Na passada sexta-feira, 19 de junho, o RCA Club foi o local escolhido para os Mons Lvnae fazerem o concerto de apresentação de Lotvs, o seu primeiro trabalho de longa duração.
A noite quente, já em véspera de Verão e a convidar para as esplanadas, poderá ter sido a responsável por não termos visto casa cheia mas, ainda assim, a sala do RCA Club ficou bem composta por público admirador das duas bandas, que, aliás, se encontravam afastadas das lides dos concertos há já algum tempo.
Apresentaram-se visivelmente satisfeitos por voltarem ao palco e transmitiram esse entusiasmo ao público presente, na interação frequente que estabeleceram com ele.
A vocalista Liliana revela já experiência e domínio progressivo da voz, associados a uma excelente postura em palco e a uma tendência natural para o inesperado, nos gestos e na interpretação, o que contribui para uma atuação que mantém o interesse do público até ao seu final. Apreciámos os guturais e os momentos líricos, mais do que o registo das baladas. Não deixa de ser surpreendente esta versatilidade da voz de Liliana, sempre bem acompanhada por todos os elementos e, em especial, pelo bom trabalho do guitarrista Aquiles. Gostámos de ouvir os temas Time machine, Tears, e Darkest Hour, esta última responsável por headbang geral, e destacamos o novo tema Legacy, uma composição bem estruturada e muito bem interpretada.A atuação de Inner Blast sugere o lançamento, em breve, de um trabalho interessante, que contamos acompanhar de perto, e no qual esperamos confirmar os sinais da evolução da banda que nos ficaram no ouvido.
São claras as influências de outras bandas female fronted metal e, contudo, Lotvs surge com personalidade própria, num quadro com pinceladas progressivas, algum toque doom, e fundo escurecido pela influência gótica, formando um conjunto perfeitamente harmonizado pela cor delicada da voz de Célia Ramos. Não deixa, contudo, de ser um trabalho bastante pesado, nem os restantes elementos o permitiriam, com destaque para a excelente bateria de João Paulo Monteiro e para os impressionantes solos da guitarra de Hugo Gomes.
Ficou, assim, apresentado o novo trabalho de Mons Lvnae, com reação muito positiva da parte do público presente. No final da atuação, concluímos que o título Lotvs faz todo o sentido: o álbum conjuga a força e a delicadeza presentes na flor de lótus, para além de representar o estado de elevação em que a banda se encontra, de posse de todas as suas potencialidades. Foi uma escolha inteligente, complementada pelo artwork lindíssimo de Phobos Anomaly Design (Pedro Daniel), presente na edição física.Texto: Sónia Sanches






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