[Report] Mazefest Moonspell // Switchtense + For The Glory (c/vídeos)

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Halloween sem Moonspell simplesmente não é a mesma coisa e mais uma vez a tradição fez-se cumprir. Dentro da programação do Mazefest 2014, a banda liderada por Fernando Ribeiro subiu ao palco da Incrível Almadense com um espectáculo mais do que memorável.

As supresas pouco surpreendentes, as ligeiras falhas da banda, a setlist sem grandes novidades e o ar sufocante na sala não conseguem-se impor como memórias. Para a história fica uma noite que fez lembrar tempos que já nem sei se alguma vez existiram…
As ruas de Almada estavam pintadas de preto. Fardado a rigor, o público respondeu ao chamamento do Lobo e, pelo que se via nas proximidades, a enchente era uma certeza. No entanto, só entrando na mítica sala e o cenário que encontramos envolve dois anéis proporcionais à plateia – ao barrote- é que nos voltamos a surpreender com o fenómeno único que é Moonspell.
Quem anda nestas andanças sabe o sentimento que é estar presente num momento destes.
Os sorrisos na cara eram visíveis. O público estava animado e a expectativa aumentava a cada segundo que passava. Uma casa assim composta é só por si um espetáculo.
Em 2003 a banda fez uma versão de “I’ll See You in My Dreams” a propósito do filme de terror português, de título igual, com um belo leque de actores nacionais. Recuando à data podemos relembrar uma época em que os Moonspell já eram grandes, e que já nessa altura a discografia da banda espelhava bem o seu leque sonoro.
A inclusão do tema já tinha sido antecipada no facebook pelo que o seu efeito surpresa roçou os níveis mínimos. Resta-nos esperar que a larga maioria não seja tão media-addicted como por estes lados.
Mesmo assim, o tema até pegou bem abrindo de forma a merecer “honras de estado”. Uma frase a debitar sobre aquele nível catchy que tanto caracteriza musicas anos 20! Regado ao drama gótico e riffalhudo só poderia resultar numa coisa: Incrivel! E é o nome que, de facto, melhor caracteriza uma sala em eventos desta escala a este nível.
Intenso! O ar quente e pouco ventilado transportou-nos para um contexto menos frio do que é habitual, também ela uma boa faceta da banda. Desta vez o espetáculo seria mais dramático pelo que jogar com todo o leque de sentidos empíricos só abona a favor da experiência em si. Afinal somos ou não somos metaleiros?!
As grandes noites nunca são relembradas ao nível da boa ventilação e das casas de banho limpas. Tentem. Nunca!
Sem esforço, com o público na mão ao primeiro riff de “Alpha Noir” e esmagando-o de seguida com “Finisterra”. Vários acabaram a tossir em tentativas menos frutíferas de objectivar o Fernado Ribeiro que há dentro de nós.
Uma clara aposta num formado mais best-of, legítimo para quem já anda nisto há tantos anos e acabou de gravar um álbum na Suécia durante mais de um mês.
Da ultima vez ( Halloween no Incrível Almadense em 2011), Wolfheart era relembrado na íntegra, uma opção de sucesso. Havia a sensação de certos temas serem algo único e especial. Na antecipação deste Mazefest projectou-se uma ideia que levava essa direcção. Nesse aspecto foi visível um entusiasmo menor de fãs mais criteriosos.
“Opium” é sempre uma favorita do público em todas as gerações, mas foi “Awake” o grande momento.
Seguiu-se uma “surpresa” um bocadinho mais surpreendente, com “Herr Spiegelman”e “Mephisto” a elevarem o tal ambiente mais dramático superando o que se tinha sentido, por exemplo, com Paradise Lost em Vagos este ano.
“Nocturna” sabe a hit e a sequência seguinte já se torna tema em debate nas conversas posteriores. 
Todos nutrimos uma simpatia pela figura de Carmen na banda. O seu talento é inquestionável e encaixa perfeitamente em vários aspectos de toda a dinâmica Moonspell. São os temas escolhidos, “Scorpion Flower” e “Luna” que já não apresentam o mesmo impacto. Muitos valorizam a inclusão das Ignis Fatuus Luna, cujo espetáculo está cada vez melhor, seja dito, mas não negam a quebra de ritmo.
Por outro lado, não faltam temas mais recentes que possam preencher setlists futuras como “Lickanthrope” com direito a Lobisomem no mosh-pit! Um grande tema a sacar o primeiro grande uivar da noite!
Levantada a bandeira de despedida de ‘Alpha/Noir’, os Moonspell terão pela frente uma bela tour internacional voltando a Lisboa e Porto já com ‘Extinct’ na ponta da língua. Desta forma “Love is a Blasphemy” sabe a final de época e abertura do mercado de transferências… A malta gosta mas não arrisca pôr de parte de substituir por melhor. Por outro lado, “Em Nome do Medo” não pode arredar pé da setlist. Um fenómeno de popularidade na comunidade metaleira não sendo ignorado pela banda que lança uma bela, apesar de previsível, cartada : Rui Sidónio ( Bizarra Locomotiva). Uma dupla de titãs nunca será algo que passe ao lado.
Vestido a rigor para esta espécie de carnaval americano, o vocalista dos históricos do industrial português surgiu em palco como se de um laboratório de máxima segurança se tratasse. Ainda não foi desta que o homem passou despercebido!
A recta final era previsivelmente reservada aos “grandes” temas mas que nesta fase sabiam a lufadas de ar fresco enquanto os termómetros rebentavam.
“Vampiria” vista do primeiro anel assemelhava-se a uma certa cena do filme The Wall ( Pink Floyd) com um vermelho no ar rompido pautadamente pelos punhos no ar.
À entrada do concerto, antes mesmo de este ter começado, um episódio caricato aconteceu quando uma senhora se depara com tamanha seita de preto não temendo apontar o dedo ao que dizia ser filhos de Lucifer!
A vida desta senhora nunca mais seria a mesma se tivesse na plateia ao som de tamanho clássico. Nunca.
O que considero ser o momento auge do concerto e que dita muito da imagem positiva que temos desta noite é o efeito ao incluir um tema folk como “Ataegina” nesta fase. O momento que justifica da melhor forma o álcool consumido previamente. Muitas calorias foram queimadas e no ar já cheirava a anos 90. Foi por isto que a maioria de nós nos apaixonamos por esta maluqueira.
Apenas podemos imaginar como seria se Fernando Ribeiro fosse um frontman mais efusivo…
“Alma Mater” deu continuidade Wolfheart, prestes a atingir o cume. Um mosh pit digno dos grandes nomes e um coro de dimensões assustadoras!
Uma pausa estreita, não fosse o público ceder ao ar condicionado da rua, e voltam para um encore com temas sempre muito aplaudidos como “Everything Invaded” e a tradicional “Full Moon Madness” a carregar a cruz da despedida.
20 anos depois os Moonspell são um leque de experiências de fácil desfrute cujo a dimensão é expressiva da vontade da nossa comunidade metaleira. São nestas noites que realmente vemos a nossa dimensão e isso só por si já é um bónus incrível ao critério com que vemos o concerto.
O momento em que se pôs o pé fora do Incrível Almadense soube a vitória bem suada. Um misto de alívio refrescante e de digestão de um concerto que entrou directamente para o top do ano.
Seguiu-se um dos maiores expoentes, senão mesmo o maior, do hardcore nacional. Há muito que os For The Glory alcançaram o seu lugar na história do underground português e na Margem Sul este estatuto vale, por vezes, mais do que o mediatismo popular ou as vendas adjacentes.
No entanto, na sala do Cine-incrível o que encontrámos foi uma paisagem distante das que outrora se verificavam em Cacilhas, por exemplo.
Há muito que o percurso da banda está ligado à cena metal underground, expandindo-se por toda a parte deste retângulo banhado pelo Atlântico. Muita dessa ligação prende-se com a estreita relação que mantêm com os Switchtense aliando os fãs de ambas as bandas sendo comum assistir a espetáculos em que actuassem juntos, como o dessa noite. No público dos For the Glory estamos habituados a ver muito do núcleo da cena hardcore nacional, mas vemos também um aumento no número de “cabeludos”. Da sala do Incrível Almadense para a do Cine-Incrível denotou-se uma grave epidemia ao nível capilar sendo a paisagem diferente do habitual.
Uma noite que, para quem segue a banda há algum tempo, se revelou demasiado distante do que faz dela o maior nome da cena nacional underground.
Há um episódio em particular que marca esta actuação que pela qual é importante referir alguns aspectos: as bandas têm extremo cuidado com o seu material, e basta entrar numa loja de instrumentos musicais para compreender o porquê. No entanto, por vezes, tiram o máximo proveito do que o palco lhes permite fazendo uso do material de palco, apoiando-se com o pé ou outro exemplo qualquer. Não sendo conhecedor dos aspectos técnicos do material usado, não me parece à primeira vista que determinado contacto seja prejudicial para o seu funcionamento. Não deixo de compreender o especial cuidado por parte da organização em manter intacto o seu material de trabalho. Uma coisa que não consigo compreender é como ainda não se faz uso das ferramentas do séc XXI no combate à ignorância. Quantos Youtubes e Facebooks serão necessários para conhecer melhor as bandas que se está a contratar? São bandas cuja promotora reconhece algum público, mas esse vai em busca do que estas bandas têm para oferecer. E se chegam aos números também conseguem chegar um bocadinho mais além.
O desconhecimento do tipo de actuação, parece-me a mim que vos escrevo, uma falta de respeito para com o trabalho da banda que contrataram, e em última instância, limitar o seu espetáculo revela-se desrespeitador para com o público.
Não são bandas para actuar em qualquer sítio, nós sabemos disso e aceitamos. Chegar ao ponto de verificarmos sermões moralistas, em pleno espetáculo, de uma senhora a uma mão cheia de rapazes, com 10 anos de estrada e muito km nas pernas, é deplorável.
O concerto corria com a dinâmica habitual, não sendo de facto o sítio indicado para um concerto de hardcore dadas as próprias características da sala.
Não faltaram temas como “Some Kids Have no Face” ou a mais recente “Lisbon Blues” em que Ricardo Congas aproveitou para salientar a união de géneros e a sua representação com Switchtense na abordagem a essa filosofia disparando “All the Same”. “Life is a Carousel” trouxe Hugo dos Switchtense ao palco. Numa altura em que as primeiras acendalhas viravam chama, “Dark Times” é seguido do episódio anteriormente referido. A banda, já de certa forma afectada com a falta de inclusão de seu nome (assim como todos os concertos da sala do Cine-incrível) nos meios publicitários, toma uma atitude acima de tudo compreensível, despedindo-se com um último tema, reduzindo a setlist, com a garantia que seria a última vez que ali tocariam.
“Survival of the Fittest” é o eterno pico para delírio de um público que aos poucos até estava a aderir ao contagiante som dos For The Glory.
A pedido de muitos a banda sai de cabeça erguida mas só após mais um tema. A escolha foi old-school para relembrar o porquê de ali estarem ao fim de tantos anos. Não foi o melhor dos concertos, de todo, foi o espelho de duas realidades ainda bem distantes: o fenómeno Moonspell a contrastar directamente com o underground português a todos os níveis. Uma tendência que por vezes parece estar a reduzir mas que volta e meia temos estes “reality calls”.
Outro nome bem acarinhado no meio são sem sombra de dúvida os Switchtense. Representando uma vertente metal mais moderna, com base nas descargas thrash, não é no entanto menos apaixonada que no exemplo dos Moonspell cujo romance gótico e a vertente dramática são muito mais trabalhadas.
É na relação de proximidade palco-público que a formação de Hugo, Karia, Neto, Pardal e o mais recente elemento, António Pintor vindo directamente de Badajoz, que a banda guarda os seus principais trunfos. No entanto é comum encontramos uma grande maioria de caras conhecidas nos seus concertos, jogando sempre de certa forma para um público que se conhecem os limites. Na margem sul é bem mais visível o que chamam de nichos urbanos e de sub-culturas do que por exemplo em Lisboa. Isso por sua vez pode reflectir um certo nível perigoso de indivíduos que se querem assumir como macho- alfa criando sempre um clima “guerra fria” no ar que pouco trás de positivo ao concerto na óptica do público comum. Mais uma vez reitero a importância do ambiente para não fazer deste report uma simples exposição quase estatística. Faz toda a diferença, mesmo na própria entrega da banda.
Devido ao citado episódio anterior, notou-se algum refreamento dos músicos face a concertos anteriores e percebe-se o porquê se formos a ver o acumular de variantes a jogar do lado do contra.
Conhecendo a tal ligação com os For the Glory, era presumível uma certa tomada de atitude da banda, que obviamente seguiu uma linha mais próxima dos seus companheiros com algumas subtis indirectas aos responsáveis pelos equipamentos de som, algo que pouco interessa a quem está do lado do público. Nada que não impedisse que este fosse, a nível de performance, um dos melhores concertos dos Switchtense desde a saída do baterista original.
Como já tínhamos assistido ainda na semana anterior no Paradise Garage, foram temas como “Face Off”, “Second Life”e Right Track” que prenderam o público que delira sempre com “Unbreakable” ou “Into The Words of Chaos”. Apesar de serem temas de grande nível, quem os segue como nós já sente sede de material novo, e essa ânsia não mata mais mói! Grandes expectativas são lhes reservadas certamente.
Entretanto foi a vez de Congas equilibrar as contas e subir ao palco. Uma noite cheia de simbolismos: duas distintas salas com duas distintas duplas. As duas que melhor caracterizam a realidade do metal nacional hoje em dia. “This Is Only the Beginning” foi o ponto final de uma noite que apesar de poder ter acabado de melhor forma, fossem as coisas bem feitas, não soube agridoce de todo! Soube a um manjar dos deuses. Deuses do Metal português que nos brindaram com a nossa internacionalização (Moonspell) e com os maiores nomes das duas grandes vertentes do underground português, o metal e o hardcore com Switchtense e For the Glory.
 O Mazefest apesar de tudo proporcionou uma experiência de Festival, e esperemos que não feche esta porta de futuro. Há que saber tirar conclusões com os erros e melhorar certos aspectos no futuro. Para o ano esperemos verificar que o projecto tem continuidade e que essa privilegie o nosso meio que como ele não há nenhum. Para a Songs For the Deaf Radio é um privilégio seguir de perto estes momentos.
Deixamos aqui uma lista com vídeos das três bandas, estando todas as fotos desta noite já disponíveis no nosso facebook (clique aqui)

Texto: Tiago Queirós
Fotos: Nuno Santos

4 comments to [Report] Mazefest Moonspell // Switchtense + For The Glory (c/vídeos)

  • Cine Incrivel  says:

    Bom dia,
    Eu sou a senhora moralista do Cine Incrível…lol, adorei esta notícia pois ela revela o nível a que o nosso País está e também a sua mentalidade.
    Pois é! O Cine Incrível, tem na sua equipa gente que domina as ferramentas deste século, incluindo os seus cotas que trabalham com elas 16 a 18 horas por dia…pois é dessa forma que conseguem adquirir e assegurar condições técnicas diria razoáveis aos músicos que nos visitam e fazem-no todos os dias…ou seja o concerto dos meninos “irreverentes” e estou a ser simpática porque de facto foram muito mal educados e desrespeitadores quer do espaço quer do staff…devem ter pensado que este era o último concerto naquele espaço, nem sequer pensaram na banda que se seguia, quanto mais no resto…
    Caro senhor Nuno Santos, repórter no espaço e parece-me que já terá lá estado noutras ocasiões, não deve nunca ter ido aos camarins, onde existem avisos com as regras de utilização, justamente para casos destes, em que o contato não foi nosso, mas sim do Mazefest, nós “limitámo-nos” a ceder o espaço e tudo o que ele inclui gratuitamente. Aliás a banda saberá melhor do que ninguém que nunca nenhum de nós falou com eles.
    Já agora ainda lhe digo que se estavam insatisfeitos com o Mazefest, pois que pontapeassem alguém dessa organização, nunca os equipamentos do Cine Incrível que estão ali para fazer o bem, nunca fizeram mal a ninguém…coitados!
    Se ser moralista é ser respeitadora e saber que a minha liberdade termina onde começa a do outro… se ser moralista é ter de fazer aquela figurinha de subir ao palco, deveu-se apenas ao facto de os músicos não saberem ler, mas eu peço desculpa por ter partido do princípio que em pleno século XXI já não havia analfabetismo.
    A sua reportagem tem aspetos positivos, leva-nos a pensar porque terá deixado de haver estas performances de Parkour !? Porque será!?
    Sabe o que é que eu gostava mesmo de ver o pessoal do hardcore a fazer? Era a bater em quem nos faz mal, mas nos sítios onde se deve lutar pelos nossos direitos, infelizmente nunca os vi lá.
    Já agora quando forem fazer concertos na casa das outras pessoas, levem também os monitores, há uns baratos que não tocam nada, mas são ótimos para dar pontapés, as grelhas vão facilmente para dentro, ou seja atingem o vosso objetivo num instante e vão sentir-se realizados num instante.
    Aproveitem as ferramentas do Séc XXI e vejam grandes músicos, grandes concertos, e palhaçadas podem também ver muito boas…por exemplo no Cirque du Soleil.
    Para finalizar, agora que estamos a festejar o nosso 3º aniversário, o balanço é muito positivo, se tivemos mais de 400 bandas e apenas 6 estão na nossa lista negra…ou seja não voltam ao Cine Incrível, porque nós não queremos, diria que é um balanço muito positivo.
    E vou continuar usando o vosso conceito “Moralista” é que a malta gosta de mim assim e eu também gosto muito de mim e sobretudo do espaço que comando e do meu staff e das nossas coisinhas adquiridas com tanto esforço amor e carinho.
    Adocem-se rapazes! A vida passa a correr!
    Clara Correia
    (Cota, moralista a gerir o Cine Incrível)

  • Nuno Santos  says:

    Bom dia Clara, a reportagem está assinada, e remete para o ponto de vista do escriba, que relata o que viu. Aqui o que se tentou relevar era o desconhecimento perante a forma de actuação de bandas hardcore, que fazem uso de grande energia em palco. Nunca tive qualquer razão de queixa do Cine Incrível, e têm feito um excelente trabalho. Obviamente não somos donos da razão, criticamos normalmente o que restrinja a liberdade das bandas. Nós, como público não gostamos de ver estas coisas nos concertos, ou pelo menos, que a acontecer, não transpareçam para o público.
    Desejamos isso sim, a todos os envolvidos, os maiores sucessos em prol da música nacional.

  • Rui Franco  says:

    Não é “contato”, ó “Cine Incrível”. Há vinte anos que se anda a explicar que se escreve (porque assim se diz), “contaCto” e “faCto”. Com ou sem Acordo Ortográfico!

  • Cine Incrivel  says:

    Caro Nuno Santos, lamento que lhe incomode que a organização se veja obrigada a ir a palco, forçada pelo notório analfabetismo da banda que não sabe ler ou interpretar as normas de utilização que se encontram afixadas em letras garrafais nos camarins. Lamento que a minha presença no lateral do palco, atrás da cortina tenha incomodado e que o comportamento intolerável da banda não tenha incomodado alguém que tem a responsabilidade ao escrever de também educar e contribuir para uma sociedade mais cívica. Seria bom que algumas pessoas revessem o conceito de Liberdade, pois não encontro nenhum conceito deste princípio que passe pelo desrespeito do outro, senão eu também poderia ter tido a liberdade de pontapear o que me apetecesse…enfim…é lamentável ver que chamam a estes tipos de comportamentos arte, ou música e ou até performance. Seria interessante analisar o trabalho do ponto de vista musical, mas parece que apenas a violência, física e verbal é arte no entender de certas pessoas, obviamente.
    ó “Rui Franco” tem razão quanto ao acordo ortográfico português, peço desculpa, mas eu estive a produzir textos com o acordo brasileiro e ando confusa.

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