[Report] Melechesh + Keep Of Kalessin + Tribulation + Embryo @ RCA Club

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Há quem ache que os Domingos são para ser passados em família, ou em casa a descansar. Porém, existem aquelas pessoas que preferem passar um Domingo na companhia de grandes bandas, a dar dois dedos de conversa ou até mesmo a beber umas jolas. Como já tem sido habitual, a promotora SWR não desilude, e este Domingo de que falo fez valer a pena àqueles que tencionavam descansar.

Sem demoras ou atrasos, as primeiras guitarradas da noite são dadas. Oriundos de Cremona, uma cidade em Itália, os Embryo mostraram ao público português que o Death Metal na Europa estava mais vivo que nunca.
Não se deixando intimidar pelo espaço (ainda) vazio que silenciava a sala do RCA Club, a banda italiana deixou os presentes, boquiabertos.
Com uma balança a segurar velas e caveiras no microfone, era agora vez dos  Tribulation de continuarem a noite. A sala começava a ficar cada vez mais composta, as cervejas continuavam a circular com mais frequência, mas agora estava tudo focado para assistir a um espectáculo que mostrou ser merecedor do palco que pisavam.
Com um álbum acabado de sair, intitulado de “The Children Of The Night”, a banda sueca fez de tudo para o nosso público, e conseguiu. Os seus rostos pintados hipnotizavam, enquanto que a música fazia com que não conseguíssemos pensar.
Naturais da Noruega, os Keep of Kalessin eram os últimos a pisar o palco antes da banda mais esperada. Quero só acrescentar de que a sala estava mais vazia do que era esperado, e que neste dia houve o jogo do Benfica que o tornou campeão.
“Epistemology” é o último trabalho da banda, e sem grandes demoras começaram o concerto com duas músicas do mesmo, uma delas intitulada de Dark Divinity (abaixo no vídeo). No palco estava presente uma t-shirt com a bandeira da Noruega, e sem querer deixar o público na incógnita, Obsidian Claw explicou que estavam a festejar o dia em que a Constituição da Noruega havia sido assinada, e como não podiam estar no seu país de origem, que iriam festeja-la connosco. Não sei se foi por ser um dia icónico nas suas vidas ou não, mas a verdade é que foi um concerto daqueles difíceis de se esquecer, até porque, por menos pessoas que estivessem, Obsidian não deixava de querer puxar por nós e interagir com o público.

Eis então que a banda mais esperada da noite subia ao palco. Com um ambiente completamente apropriado para aquilo que se avizinhava, com fumo a sair de ambos os lados do palco, quase como se desse a sensação de que estávamos na presença de fogo, e com um cheiro característico do incenso, os Melechesh estavam prontos para que a última hora fosse a melhor da noite. 
Conhecidos pelo seu estilo único, com características de música Isrealita, e letras sobre a mitologia suméria ou até mesmo sobre a mesopotâmia tocaram músicas suas bastantes icónicas sobre estes assuntos, mas decidiram focar-se mais na apresentação do novo albúm “Enki”. “Multiple Truths” , “The Pedulum Speaks” e “Ladders to Sumeria” compuseram o concerto que viria a ser o mais bem composto da noite em termos de público.  
“Rebirth of the Nemesis” foi a música que deu encerro a uma noite recheada de grandes concertos. Foi também das melhores músicas ouvidas a noite toda, com o seu ritmo que quase dava vontade de dançar.
Difícil é dizer, qual dos concertos foi o melhor.
Texto: Mariana Pisa
Agradecimentos: SWR Inc-Sonic Events (organização) e ao RuPa (Nekronos Promotion Hell) pelas fotos e vídeos

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