[Report] Orphaned Land + Khalas + Klone + The Mars Chronicles @ Santiago Alquimista, 01-11-2013

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A fila percorre as antigas ruas de Lisboa, conversas fluem, cigarros são fumados, mas tudo com um propósito – ver Orphaned Land.

Como foi prometido pela promotora, as portas do Santiago Alquimista abriram pouco antes das 21h, incentivando a pressa para alcançar a primeira fila. O bar enche-se e a banca de merchandise faz-se notar pelas pessoas que de lá saiam com uma nova t-shirt ou CD.

The Mars Chronicles

Cerca de dez minutos após a abertura das portas ouvem-se as primeiras distorções da banda francesa The Mars Chronicles, que prometiam aquecer bem o público para uma noite repleta de metal e música do oriente. O bar e a banca de merchandise esvaziam-se, e as atenções são postas na banda de Devy Diadema que compôs uma sala cheia de energia, com braços no ar e palmas a soarem. Com apenas meia hora de concerto, The Mars Chronicles mostraram ao público português, com músicas como “Abyss” e “Hell is Born“, que mereciam o lugar que ocupavam naquela noite.

Klone

Após um curto intervalo, começa a segunda banda francesa da noite, Klone. A adrenalina é posta no ar e o público mostra-se cada vez mais receptivo às bandas de abertura. A coordenação da música com os movimentos do vocalista, Yann Ligner fazem fluir as palmas e o Santiago Alquimista é consumido pelo eco do público. “All Seing Eye” e “The Dreamer’s Hideaway” compuseram a setlist de Klone que enriqueceu o inicio de uma grande noite.

Khalas

Após dois grandes concertos, eis que começa a última banda de abertura, Khalas. A banda árabe de Mahmoud Shalabi, Abed Hathout, Fadel Qandil e Rooster que logo após a sua entrada em palco, conseguiu transformar o Santiago Alquimista num puro festival árabe, onde os corpos sentiam necessidade de acompanhar a batida. O projector que ocupava a parte de trás do palco, mostrava imagens de danças árabes, e os olhos do público eram facilmente enganados, como se fossemos nós os dançarinos. Sem dúvida uma grande maneira de introduzir ao concerto de Orphaned Land, remetendo-nos já para o Médio Oriente. Deixamos de ser portugueses naquela noite. 

Por fim, eis que entra em palco o guitarrista Yossi Sassi, seguindo de Matan Shmuely,  Chen Balbus e Uri Zelcha, deixando Korbi Farhi para o fim, com uma recepção carinhosa e rica em aplausos. Retirada do novo álbum – lançado este ano – “Through Fire and Water” foi a música que iniciou o que prometia ser um concerto de excelência, seguindo-se de “All is One“, a música que dá nome e inicia o novo álbum. As palmas acompanhavam o ritmo das músicas, os lábios do público suplicavam as letras das músicas e os corpos moviam-se ao som das características do Médio Oriente. Após cinco músicas, Kobi faz uma pequena pausa, e fala sobre a diferença entre as religiões e como isso pode afectar a vida de um ser humano. Relembra e sensibiliza o público que estão em tour com duas bandas francesas, uma palestiniana e que a sua nacionalidade é isrealita, três religiões completamente diferentes, mas que não afectam em nada na sua maneira de agir uns com os outros. Uma pequena mas gigantesca introdução para uma música merecedora “Brother” que permitiu com que na noite de dia 1 de Novembro existisse apenas uma religião, todos iguais. “Olat Ha’tamid” contou com a presença de uma bailarina portuguesa, Kahina Spirit que enriqueceu o palco com a sua bela dança do ventre, mas que facilmente foi substituída por outro dançarino: o público que na música “Sapari” não deixou de dançar, como se fosse um. Sem deixar o público português desiludido, após “In Thy Never Ending Way“, os Orphaned Land completam o concerto com um encore de três músicas, sendo uma delas uma surpresa para muitos, mas que a pedido de muitos fãs, não deixaram de tocar a música “The Beloved’s Cry“, seguida de “Norra el Norra” que como tradição Kobi pediu a todo o Santiago Alquimista saltasse durante a música. 
Posso dizer que foi uma noite que podia não acabar, sem deixando de mencionar também, a excelente organização da promotora 13th Night Events de todo o evento, que apresentou todas as bandas às horas prometidas, sem atrasos e com pouca espera nos intervalos.
Só nos resta agora esperar para voltar a ver esta banda que tanto nos remete para outra realidade que não a nossa, com o seu tão conhecido Metal do Médio Oriente, mas a verdade é que com um concerto ESGOTADO, a nossa espera de certeza que não será muita.

Texto: Mariana Pisa
Fotos: Marta Louro (todas as fotos aqui
Vídeos (abaixo) dos canais Youtube Petergranada e hieigadeil

 





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