Entrevista a BLEEDING DISPLAY com Sérgio Afonso (vocalista)
SFTD Radio: Começando por falar nas vossas origens em 1999, ano em que nasceram como Nekruma, o que originou esta passagem para Bleeding Display?
BLEEDING DISPLAY: A passagem acabou por ser natural pretendíamos algo mais sério com um nome que se identifica se com a nossa temática lirica que é de critica social e religiosa daí surgir o nome Bleeding Display de certa forma representa a nossa sociedade doente e com muitos problemas.
SFTD: São 15 anos de banda, como conseguem manter o equilíbrio enquanto banda? O que vos move?
BLEEDING DISPLAY: O que nos move é acima de tudo termos um grupo de amigos que gosta do que faz sem qualquer tipo de pressão ou algo do gênero tendo apenas como objectivo desfrutar dos concertos dos locais que conhecemos dos amigos que fizemos e ainda fazemos e termos o nosso trabalho reconhecido.
SFTD: Os Bleeding Display já pisaram tanto palcos nacionais como internacionais, ao lado de bandas sonantes como Sacred Sin, Goldenpyre, Ransack, Grog, Necrose, Agonized and Devileech, Obituary, Grog, Sacred Sin, Agonized, entre outros. Notam diferenças na organização e no público?
BLEEDING DISPLAY: Sim há de facto uma diferença e assim de repente verificamos a grande oferta de concertos que existe nos tempos de hoje algo que não acontecia uns anos atrás e como é obvio as pessoas não conseguem ir a todos os concertos, seja por motivos logísticos, seja por razões monetárias. Relativamente à dimensão da banda de cartaz, terá claro a sua influência, pois a pressão para que tudo corra bem e o grau de profissionalismo é grande, não podemos comparar tocar com Cannibal Corpse, Obituary ou Immolation, que são verdadeiros ícones dentro do metal que tem a muitos anos e legiões de seguidores, eu incluído, ou tocar com bandas de menor dimensão e não profissionais e que em muitos casos os elementos chegam diretamente do trabalho para tocar. Mas julgo que nós, bandas portuguesas, estamos cada vez melhor a nível de organização de concertos e até mesmo de afluência onde pelo menos em relação a Bleeding Display verifico e com muito bom grado uma nova vaga de malta nova e interessada no que se faz e que se deslocam e apoiam as bandas nacionais.
SFTD: O primeiro álbum “Ways to End” foi lançado em 2006. Agora em 2014 apresentam este novo trabalho “Deviance”. O que fez com que a distância fossem 8 anos?
BLEEDING DISPLAY: Bom, no nosso caso e ao contrário de muitas bandas que conheço, as mudanças de formação não tiveram um peso significativo e no nosso caso, que felizmente sempre solucionámos bem e de forma natural, acabou sim por ter grande influência o facto de nunca deixarmos de tocar e não nos dedicarmos a tempo inteiro a compôr músicas novas e quando estás a preparar um concerto não estás focado a fazer músicas novas. Alem do facto de alguns de nós termos outros projetos que inevitavelmente acabam sempre por roubar um pouco de tempo, nomeadamente quando entras em gravação e tens de te dedicar a 100%. Em relação a este “Deviance” já o temos praticamente pronto há cerca de 2 anos, tendo de facto sido longo o processo de gravação, produção e edição. Todos esses factores levaram a que se passasse 8 anos mas é algo que estou convencido não voltará a acontecer, estarmos tanto tempo afastados das edições.
SFTD: Como caracterizam este novo trabalho? Quais as diferenças?
BLEEDING DISPLAY: Acima de tudo caracterizo como uma evolução natural do ‘Ways to End’ e também o evoluir das nossas capacidades músicais, as entradas do Mario Figueira em 2008 e do Diogo Silva em 2012 e a própria qualidade de gravação, um processo feito com bastante mais calma e ponderação comparativamente com o ‘Ways to End’. Aqui gostaria de destacar o trabalho feito pelo nosso amigo André Tavares. Estas acabam por ser as principais diferenças para este novo trabalho.
SFTD: Que recepção têm tido dos fãs ?
BLEEDING DISPLAY: Ainda estamos numa fase prematura do lançamento. Demos o concerto de lançamento no passado dia 22 de Novembro no RCA a seguir temos o Butchery na Covilha dia 13 de Dezembro onde esperamos, como sempre tem acontecido cada vez que nos deslocamos lá, ser bem recebidos por aquele pessoal fantástico. De resto tem correspondido as expectativas e estamos muito satisfeitos e gratos por isso mas ainda temos muito trabalho pela frente.
SFTD: Podem desvendar planos em mente?
BLEEDING DISPLAY: Nos próximos tempos contamos fazer um vídeo que por motivos de força maior acabou por ficar para segundo plano. Contamos também e claro tocar por esse pais fora e não só pois julgo ser a melhor forma de termos feedback relativamente ao teu trabalho.
O nosso muito obrigado a SFTD Radio por todo o apoio e divulgação neste nosso underground. Grande Abraço a todos.
Membros da banda:
João – Guitar
Sérgio – Vocals
Samuel – Guitar
Diogo – Bass
Juca – Drums
Leave a reply