Breve História do Metal Português, agora em nova versão revista e aumentada!

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Originalmente editada em 2013, a obra aborda agora a história do Metal luso até 2015, beneficiando de um significativo aumento de páginas.

A edição revista e aumentada de Breve História do Metal Português incluirá no mínimo 320 páginas (a anterior tinha 200), sendo que todas as décadas, à exceção da de 60, incluem agora bastante texto novo, que vem, por um lado, aprofundar vários fenómenos e factos relatados na edição original, e por outro, abordar outros não incluídos em 2013.
Esta edição conta com o apoio SFTD Radio!
Depois de uma aprofundada e registada pesquisa na Internet sobre o Underground metálico nacional visando uma edição em papel, Dico fundou a hoje extinta, enciclopédia online, A a Z do Metal Português, em que publicava biografias de grupos nacionais. 
Daqui insurgiu-se no seu objectivo claro de fazer ‘uma obra profissional, em livro, que abordasse as origens e a evolução do Metal lusitano.’
Assim nasce a ideia, inspirada no autor e melómano Aristides Duarte e resolve ‘lançar-se na escrita das fundações que presidem ao Metal lusitano, abrangendo as décadas de 60, 70, 80 e 90 do século passado’. 
Iniciou-se na concretização da ideia, na escrita de pequenos artigos, inclusive na Sound(/)ZonE que também tiveram destaque na Versus Magazine, entre outras escritas e pouco depois decide dedicar todo o seu tempo à edição deste livro.
“O objetivo da primeira edição era sobretudo mostrar que houve todo um percurso a nível do Rock pesado em Portugal antes dos anos 80. Portanto, centrei-me mais nas décadas de 60 e 70, tendo abordado os anos 80 e 90 mais subtilmente”, explica o autor.

Mas as novidades acerca desta obra não se restringem aos conteúdos escritos. Breve História do Metal Português tem agora imagem renovada, desde a capa até à paginação, passando pelo logótipo. Além disso, inclui agora um guia de registos essenciais do Metal luso desde os anos 70 até 2015, abrangendo demo-tapes, demo-CD’s, singles, EP’s, álbuns e DVD’s. Ao todo, são mais de 100 itens organizados por década, num guia essencial para os verdadeiros fãs.
Em pré-encomenda a obra custa €17 (portes de correio incluídos), após o que o término da fase de pré-encomenda poderá adquirir-se por €19,50 (também com os portes de correio incluídos). As encomendas podem ser efetuadas para o e-mail livrobhmp@yahoo.com

Site oficial | Página Facebook

Sobre o autor:

Dico é jornalista. Foi editor dos periódicos PCMais, ANA Aeroportos, Logista News e Prime Negócios. 

Fundou os influentes blogues Metal Incandescente, A a Z do Metal PortuguêsReflexões Musicais. Foi o primeiro coach musical profissional no País. Na última década escreveu artigos de opinião e crónicas para mais de 20 sites, e-magazines, revistas e blogues. Foi baterista de bandas como os Dinosaur ou Sacred Sin, tendo com elas gravado os clássicos Dinosaur (demo-tape) e Darkside (álbum). Foi o homenageado do VI Festival Irmandade Metálica – Unidos pelo Metal. Fã de Metal há 34 anos, está envolvido no Underground há 29. Tem 45 anos. É casado e tem um filho. 

Não podemos deixar de referir a contribuição em Prefácio do João Sergio Reis, frontman dos IBERIA, nesta especial edição.

‘Prefacio da Breve História do Metal Lusitano.
Faz agora um bom par de meses que fui convidado pelo meu amigo Dico (Eduardo Almeida) para criar um prefácio para a sua nova e aumentada edição do livro “Breve História do Metal Português”. Sinto-me lisongeado pela sua escolha no seio de tão ilustres protagonistas deste estilo musical, alguns deles bastante mais visiveis do que eu. A responsabilidade é grande, portanto. Tentarei estar à altura. O trabalho por ele apresentado – e ele próprio – assim o merecem.
Conheci o Dico através da internet – por email – nos finais dos anos 90, no seguimento de uma conversa acerca do seu projecto: compilar num blog a história das bandas de Metal portuguesas, de modo a criar uma espécie de enciclopédia nacional do estilo.  Pediu-me informação sobre os IBERIA, ao que acedi com agrado. Era – e é – um projecto de envergadura ímpar, algo a ser feito pela primeira vez com tanta abrangência em Portugal. É louvável o esforço de compilar parte desta informação num volume só (muito mais haveria por contar, quiçá numa futura edição, ainda mais alargada) e apenas alguém com grande amor pela causa o poderia fazer.
O Dico não é um estreante nestas andanças: Foi músico e jornalista, sempre ligado ao Metal. Passou pelos Sacred Sin e pelos Dinossaur (entre outros) e escreveu para revistas e blogs da especialidade tais como o Metal Incandescente, a Riff, a Loud, a Blast, a Soundzone, a Massacre, a Versus Magazine, sempre divulgando com paixão o que ele gosta de chamar o “Som Eterno”. É Coaching Musical, um dos poucos com este curso no nosso país!
Foi graças a ele e tantos outros que como ele levaram este som aos fans do estilo que o Metal tem hoje a maior expressão que já alguma vez teve por cá. Muito antes do aparecimento do Youtube e das redes sociais já se trabalhava, e muito, muitas vezes sem qualquer retribuição e com grande sacrificio pessoal, na divulgação do metal em Portugal. O Dico é a prova disso.
Desde há practicamente 30 anos que milito (mais a sério) no panorama Rock/Metal em Portugal e no campo do Hard’n’Heavy (como gosto de lhe chamar ainda hoje) com os IBERIA. Em 1987 lancei a primeira demo tape com 3 temas que nos deu a projecção na altura e nos levou a tanto lado. Hoje, com os IBERIA e ainda a acreditar no Rock pesado, estamos a trabalhar uma vez mais para lançar um novo album.
Assisti ao nascimento das fanzines, das rádios locais com os seus programas de metal (de autor quase sempre), dos primeiros discos de rock mais pesado (gravei alguns), dos concertos organizados um pouco por toda a parte por carolice das bandas e de alguns voluntários (alguns fizeram história) e das demo-tapes gravadas em cassete e enviadas por correio para onde fosse possivel chegar de modo a espalhar a palavra e o som que a todos nós era querido.
Não haviam e-mails, telemóveis, Skype, MP3, Sites, My Space ou Facebook e muito menos editoras apostadas em editar Rock pesado. Não haviam estúdios, técnicos de som nem equipamento dignos desse nome que conseguissem criar condições minimas para que as bandas se fizessem ouvir. Não havia um know-how em termos de gravação e muito especialmente não haviam produtores vocacionados para este género em Portugal.
Muito menos havia uma cultura que nos permitisse tocar sem sermos vistos como aberrações, como autênticos aliens que tinham desembocado naqueles palcos e que atormentavam os timpanos aos mais sensiveis. Não havia uma cultura de Rock em Portugal. Ponto. Não sei se poderemos dizer que a há hoje em dia. Estamos habituados a devorar o que vem de fora e não raras vezes as nossas bandas tiveram de se exportar (nós próprios estivemos perto de o fazer nos anos noventa) para serem ouvidas e ganharem o merecido respeito.
Temos esse defeito: o de não proteger e acarinhar o que é nosso, seja em que moldes for. Temos muito que mudar nesse sentido e estou em crer que as novas gerações – os nossos filhos – terão uma palavra a dizer. Tenho o exemplo em casa, onde a pesquisa e a descoberta das origens e das raizes deste genero de som são constantes. Há futuro. Tenho a certeza disso.
Apesar de tudo, algumas coisas mudaram bastante nos ultimos anos, e arrogo-me no direito de afirmar a importância que os “meus” IBERIA tiveram, ao lado de muitos dos seus contemporâneos, no processo de desbravamento de terreno que permitiu hoje alguma facilidade aos que desejam enverdar por este caminho. Não é fácil, como nunca foi. Mas há que insistir, não baixar os braços e saber que sempre que houver vontade e dedicação, o produto surge e “a coisa dá-se”. Tem sido assim ao longo dos anos. Há que manter a chama acessa.
Têem nas vossas mãos um livro que vos vai dar a conhecer os meandros do Metal em Portugal, as suas origens, as bandas mais representativas, os momentos mais marcantes deste estilo de música aqui no nosso cantinho. Tenho a certeza de que vai contribuir e muito para alargar o conhecimento de muitos de vós acerca deste género e trazer algumas surpresas aos que já sabiam algo acerca disto. Estamos sempre a aprender e o autor encarregou-se de nos lembrar disso com o brilhante trabalho desenvolvido na elaboração deste livro.
Bem hajam todos os que contribuiram para que este livro fosse uma realidade. Bem hajas tu, Dico, pelo esforço, dedicação, pesquisa e abnegação em prol de tão nobre propósito.
Esta edição actualizada vai trazer mais informação e divulgação do que se faz por cá, em relação ao som que nos é mais querido.
Que o Som seja (sempre) eterno. Rock on!
João Sérgio Reis

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