Moonspell: Entrevista com Fernando Ribeiro, novo vídeo e antevisão do concerto no Campo Pequeno

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É já amanhã o concerto tão aguardado pelos fãs de Moonspell, no Campo Pequeno, onde serão apresentados pela primeira vez os temas dos seus novos álbuns Alpha Noir e Omega White. Hoje sai o novo vídeo para a música “White Skies” e aproveitando esse pretexto assim como a proximidade do concerto, fizemos uma breve entrevista ao vocalista Fernando Ribeiro:

Songs For The Deaf Radio: Este sábado vai ser o vosso concerto de lançamento dos novos álbuns no Campo Pequeno e já foram revelados alguns detalhes sobre o que está previsto. Vão tocar os dois álbuns na íntegra, mas como são distintos e vão criar dois ambientes, como estão a pensar integrar outros temas marcantes na história na banda, vão reservar para o final, ou vão incluir os temas mais antigos em cada um dos ambientes recriados?
Fernando Ribeiro: Vamos dividir o concerto em duas partes que procurarão recriar musical e visualmente o conceito desta dupla experiência. Obviamente, iremos incluir em cada parte, reportório do passado, que os fãs tornaram clássicos. Eu próprio não vejo um concerto dos Moon sem Alma Mater ou Opium. Seria quase um sacrilégio, apesar da tónica e da confiança que temos nestes novos temas. Até foi uma experiência curiosa dividirmos as águas passadas entre Alfa e Omega.

SFTD: Já muito foi falado sobre os álbuns Alpha Noir e Omega White, inclusivé que este último é assumidamente um álbum de tributo às referências musicais dos Moonspell. No entanto, na sua concepção, enquanto construíam uma música, pensavam numa determinada banda e trabalhavam a partir daí ou as músicas iam saindo naturalmente do caldeirão de influências?

FR: As nossas influências são notórias e não temos nada sem ser gratidão por bandas como Tiamat, Samael, Type O Negative, Sisters of Mercy, Fields. Mas gostamos de pensar que as pessoas nos ouvem por sabermos adicionar o nosso toque a estas raízes musicais. O que queremos dizer com tributo, não é, de modo algum, fazer versões de temas de outras bandas no Omega. Pelo contrário, queremos fazer músicas originais que tentem perpetuar a sensação que estas bandas nos provocaram e ainda nos provocam. Para isso serve a música, para valorizar o que é eterno e importante para nós. O pensamento de que pessoas em todo o mundo podem ter sensações idênticas às que nós tivemos a ouvir os discos de Bathory ou Celtic Frost no seu tempo, são a nossa força mais primordial que nos permite, este ano, celebrar o nosso vigésimo aniversário com um disco e um concerto novo, em vez de uma compilação e um concerto de circunstância.

SFTD: Praticamente todos os álbuns da banda têm tido temas que oscilam entre o peso intenso e outros calmos e melódicos. Foi com intencionalidade de separar as águas que fizeram deste novo trabalho dois discos distintos, sendo o Alpha Noir um dos mais intensos e viscerais e o outro talvez o mais melódico e transversal?
FR: Sim. O facto de termos plantado as sementes em terras diferentes, também nos permitiu ir a esses extremos com ambos os discos. Tínhamos espaço para mais poder e também para mais melancolia. Daí eu ter falado sempre da liberdade que nos deu este principio criativo que nos convenceu a nós e que se tornou todo o conceito dos discos.

SFTD: Relativamente ao baixista Don Aires, que vos acompanha na estrada há alguns anos, foi dito na vossa apresentação dos álbuns, que teve uma forte participação neste trabalho. Foi este o momento da integração completa de Aires na banda? Como foi esta evolução?

FR: Foi o momento certo e o Aires correspondeu de forma empenhada e absoluta. Como já tive oportunidade de dizer, as coisas levam o seu tempo e nos assuntos internos da banda mandamos nós e a mais ninguém. O Aires sempre se integrou na banda e nunca foi tratado como um músico de sessão. Janta à nossa mesa, partilha o nosso ar, senta-se ao nosso lado. Ele sofreu muito com comentários de pessoas que, provavelmente, gostariam de estar no lugar dele e a resposta a todas essas pessoas é a performance fantástica que teve neste disco, só possível graças a uma evolução contínua com baixista e pessoa, num trabalho diário que agora lhe permite, se quiserem, entrar pela porta grande num disco e numa altura que é, talvez, a mais importante e decisiva para os Moonspell.

SFTD: Depois do impacto do vosso vídeo Lickanthrope dirigido pelo Filipe Melo e que contou com uma grande equipa, o que podemos esperar agora deste novo vídeo do tema White Skies? Quais as diferenças mais significativas? Acham que poderá superar as expectativas após um trabalho tão bem realizado e complexo?
FR: O White Skies beneficiou também de um realizador incrível, de uma equipa incansável e visionária que nos permitiu ter um vídeo diferente que espelha o conceito Omega e que, na minha opinião, não fica, apesar das diferentes naturezas, atrás nem do Lickanthrope, nem de qualquer outro vídeo que fizemos até agora. O vídeo estreia esta Sexta 11 por isso venham as opiniões. A nossa é de que é um vídeo fabuloso, tal como a da Lick, e por ambos estamos gratos ao Filipe, à sua equipa, ao Victor e também à sua equipa, sublinho, verdadeiros heróis.


SFTD: Queres deixar alguma mensagem para aqueles que ainda estão em dúvida para o concerto no próximo sábado?

FR: Gosto de pensar que ir a um concerto dos Moonspell é um acto livre que provem dos próprios fãs e que essa vontade e investimento num bilhete seja tendo em mente a sensação de que vão viver uma noite marcante de que irão falar e recordar durante a vida toda, ou parte dela. Quem o fizer será parte desta história, deste momento, que é importante para quem o está a preparar com uma dedicação à prova de bala. Quem não for e gostar de Moonspell perderá esse momentum. É simples. Um abraço a todos e até Sábado!


Ainda em antevisão do concerto podemos recordar o que já foi dito que acontecerá amanhã. Os dois novos álbuns vão ser tocados na íntegra em partes distintas. A primeira parte será composta pelos temas de Alpha Noir, num palco que pretende recriar o peso deste e que será de puro metal, como nos grandes concertos de heavy metal que passaram pelo nosso país e a que os Moonspell assistiram na sua adolescência, como que numa homenagem a estes. A segunda parte será dedicada a Omega White e contará com a presença das Crystal Mountain Singers e dos Opus Diabolicum. O palco será transformado por completo, primando esta apresentação pela forte componente visual, no entanto a luz e cor serão completamente diferentes da parte inicial. Conforme confirmado por Fernando Ribeiro, em cada uma destas partes serão incluídos temas mais antigos e que fazem parte da história da banda, criteriosamente seleccionados para se enquadrarem em cada um dos ambientes. Será certamente um “momentum” a não perder.

Entrevista por: Miriam Mateus
Fotos : Naked – Fotografia

Vê aqui, em estreia, o vídeo para a “White Skies”, uma das músicas de Omega White, realizado por Victor Castro :

Segue a Songs For The Deaf Radio no Facebook , pois iremos publicar posteriormente a report do concerto.

2 comments to Moonspell: Entrevista com Fernando Ribeiro, novo vídeo e antevisão do concerto no Campo Pequeno

  • Nuno Santos  says:

    [ENG] (translation assisted by Google Translator) PT I :
    Tomorrow is the long awaited Moonspell concert in Campo Pequeno, which will be first presented the themes of the new album Alpha Omega Noir and White. Today will be release the new video for the song "White Skies" and to know more about it and about tomorrow Lisbon concert Songs For The Deaf Radio did a brief interview with Fernando Ribeiro, to give us some light on these topics:

    Songs For The Deaf Radio: This Saturday will be the your new album release concert in Campo Pequeno, Lisboa and you’ve already revealed some details about what is expected. You will play both albums in full, but they are distinct and will create two environments, will you integrate the oldest themes in each of the environments recreated ?
    Fernando Ribeiro: We divide the concert into two parts that seek to recreate musically and visually the concept of this dual experience. Obviously, we include in each part repertoire from the past, the fans classics. I myself do not see a Moonspell concert without Alma Mater or Opium. It would be almost a sacrilege, despite the emphasis and the confidence we have in these new themes. So it was a curious experience dividing the waters passed between Alpha and Omega.

    SFTD: Much has been said about the album Alpha Omega Noir and White, such as the latter is admittedly a tribute album to the musical references of Moonspell. However, in your view, when constructing a song, have the band thought of a particular band and worked from there or the songs came out naturally from your cauldron of influences?
    FR: Our influences are evident and we have nothing other than gratitude for bands like Tiamat, Samael, Type O Negative, Sisters of Mercy, Fields. But we like to think that people listen to us because we know add our touch to these musical roots. What we mean by taxes, is not in any way, make versions of themes from other bands in Omega. Rather, we want to do original songs that try to perpetuate the feeling that these bands caused and still cause. For this serves the music, to value what is eternal and important to us. The thought that people around the world can have feelings similar to those we had to listen to discs Bathory or Celtic Frost in his time, are our most primal force that allows us this year to celebrate our twentieth anniversary with a new album and a concert instead of a compilation and one concert event.

    SFTD: Virtually all of their albums have had themes ranging from intense weight and other calm and melodic. It was with intent to separate the waters that have made this new work two different disks, and the Alpha Noir one of the most intense and visceral, and the other perhaps the most melodic and cross?
    FR: No. The fact that we planted the seeds in different lands, also allowed us to go to these extremes with both disks. We had room for more power and also to more gloom. Hence I have always talked of the freedom that gave us the creative principle that we talked to us and that became the whole concept of the disks.

    SFTD: For the bassist Don Aires, which I have followed for some years on the road, it was shown that had a strong participation in this work. This was the moment of complete integration Aires in the band? How has been this evolution?

    FR: It was the right time and Aires so committed and absolute. As I have said, things take time and in the internal affairs of the band sent us and nobody else. The Aires where she joined the band and was never treated as a session musician. Dinner at our table, sharing our air, sitting next to us. He suffered greatly from comments from people who probably would like to be in his place and the answer to all these people is a fantastic performance that had this record, only possible thanks to continuous development with bass player and person, in his daily work now allows, if you enter the large door on a disk, a time which is perhaps the most important and decisive for Moonspell.
    (cont.)

  • Nuno Santos  says:

    [ENG] (translation assisted by Google Translator) PT II :
    SFTD: After the impact of your video Lickanthrope directed by Filipe Melo and had a great team and participation of local as extras, what can we expect now from this new video to the song White Skies? What are the major differences? Do you think they can exceed expectations after a job well done and so complex?
    FR: The White Skies also benefited from an amazing director, a tireless and visionary team that allowed us to have a different video that mirrors the concept and Omega, in my opinion, is not, despite the different natures, behind even the Lickanthrope, or any other video you've done so far. The video debut this Friday the 11th so will the views. Ours is a video that is fabulous, such as the Lick, and we are both grateful to Philip, his team, to Victor and his team also, stress, true heroes.

    SFTD: Want to leave a message for those still in doubt for the concert on Saturday?
    FR: I like to think that going to a concert of Moonspell is a free act that stems from the fans themselves and that this investment in a ticket and will be keeping in mind the feeling that will live a remarkable night that will talk and recall during life, or part thereof. Those who do will be part of this history, this moment, it is important for those who are preparing with a dedication to bulletproof. Who does not like Moonspell and lose that momentum. It's simple. A hug to everyone and until Saturday!

    The two new albums will be played in full in separate parts. The first part is composed of the themes of Alpha Noir, on stage to recreate the weight of which will be of pure metal, as in the great concerts of heavy metal that passed through our country and that Moonspell attended in his teen years, as in a tribute to these bands. The second part is dedicated to Omega White and will feature the Crystal Mountain Singers and Opus Diabolicum. The stage will be transformed completely, excelling this presentation by the strong visual component, but the light and color will be completely different from the original. As confirmed by Fernando, in each of these parts will be included in older subjects and forming part of the history of the band, carefully selected to fit in each environment. It will certainly be a "momentum" not to be missed.

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