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Metaleiro que se preze está nesta altura a recuperar energias e encarar este início de semana de sorriso nos lábios – o Moita Metal Fest terminou mais uma edição memorável.
A Páscoa chegou mais cedo à Moita que se vestiu de preto, não de luto, mas em sinal de celebração da paixão que une todos aqueles que se deslocaram em prol da música pesada.
Celebrou-se acima de tudo a qualidade nacional. A comunhão de géneros, públicos e bandas superou todos os preconceitos que poderiam haver, e mais uma vez todos deixaram bem claro o carinho pelos Switchtense, que 10 anos depois, continuam a apostar neste evento. Só podemos estar gratos pelo esforço e dedicação investidos.
Terror Empire
Coube aos Aernus a honra de abrir a primeira noite do festival. A jogarem em casa, presentearam o público mais pontual com descargas de peso maciço escaladas em alguma progressividade. Os Terror Empire, com o EP de lançamento «Face the Terror», trouxeram os primeiros passos de dança na pista. O seu Thrash-Metal foi bem recebido e mosh-pit mostrou-se espontâneo. Por esta altura já se verificava um crescente aumento do número de pessoas que compunha a Sociedade Filarmónica Estrela Moitense. A noite prometia.
Ao fim de 10 edições, termos bandas como os Atentado a pisarem o palco é apenas uma prova de uma crescente abertura de mentalidade no mundo do metal. O seu hardcore numa vertente Crust, comprovado no «Paradoxo» foi levado ao extremo numa explosão sonora que vinha a crescer de concerto para concerto. Novos temas foram apresentados e aparentemente bem recebidos.
O caos instaurado frente ao palco deu lugar a um vislumbramento de efeitos, de luzes e fumo, que complementam o som que enche a sala: os Process of Guilt provavam o seu estatuto. Naquela sala não existia alma alguma indiferente ao seu impacto. FÆMIN tem dado que falar, e apenas 4 temas bastaram para entrar no ritmo hipnótico implícito nos riffs doom que estes rapazes de Évora ofereceram. Uma quebra de ritmo? Talvez, mas ninguém notou. Foram certamente absorvidos na esfera mágica criada algures naquela fumarada azul. Um dos momentos em tom épico desta edição do MMF.
Process of Guilt
Entre cervejas e bifanas, algumas vistorias pelas bancas de merchandise, era claro que uma grande maioria tinha estacionado o carro para partir na Locomotiva. A escumalha veio em peso. E que bela escumalha, terão certamente Rui Sidónio e companhia se apercebido quando pisaram o palco para fechar (em grande) o primeiro dia (noite) de festival.
Bizarra Locomotiva
Os Bizarra Locomotiva são uma máquina oleada e infalível. 20 anos carreira e um conta-quilómetros que compete com muitos daqueles Mercedes bege que andam por aí…
Depois da celebração no Ritz Clube, a moral está claramente em cima, e não me refiro apenas à banda, mas também ao público cheio de brilho nos olhos face ao industrialismo de um «Egodescentralizado» a rebentar com os alicerces daquele singelo bairro moitense. Por esta altura o Álbum Negro já se pode considerar de culto, e os fans, que renegam tudo, certamente não renegarão isso mesmo.
«Gatos do Asfalto», «Apêndices» , «Buraco Negro», «Cavalo Alado» e «Desgraçado de Bordo» são alguns exemplos de temas que fizeram as delicias dos fans.
Sem a habitual roupagem à base de celofano, o imponente vocalista Rui Sidónio deixou mais uma vez tudo em palco, provando mais uma vez ser um frontman único, um show dentro do próprio concerto juntando-se à sua amável escumalha num momento apoteótico e cantado em coro – «Anjo Exilado» – eternamente ligado também a Fernando Ribeiro dos Moonspell.
Como sempre, «Escaravelho» não pôde faltar.
Com cabeças de cartaz deste nível, a equação nunca poderia ficar negativa. Longe disso. A Locomotiva partiu, mas as boas recordações ficaram e o entusiasmo aumentava perante a ideia de uma maratona de metal e hardcore para o dia seguinte.
Muito fixe 🙂