honras de receber a tour de apresentação do mais recente registo, ‘Halo of Blood‘ lançado a 28 de Maio deste ano, pela Nuclear Blast.
das 16 horas e, à porta do Paradise Garage, um bom número de fãs esperava
ansiosamente pela abertura das portas, com esperanças de conhecer os músicos, o
que não impediu a Jaska Raatikainen (baterista
de Children of Bodom) de passear discretamente pelas imediações do local.
abertura das portas. Depois de algumas confusões de organização, lá se orientou
– mais ou menos – a fila e começam as corridas para as grades. O recinto
enche-se rapidamente e é hora do espetáculo.
o célebre Keijo Niinimaa (Rotten Sound, Nasum) a
assegurar os vocais. Desconhecidos por muitos, se não estou em erro, os Medeia
conseguiram ainda assim uma boa resposta do público em praticamente todo o
concerto e, decerto, ganharam muitos mais fãs com a excelente performance de
ontem.
Abandon All
Iconoclastic
Misery Prevails
Como normal, há o pequeno intervalo entre as
bandas para tocar equipamento e fazer um soundcheck, que teve direito a cover
do hit dos Pantera, “Walk”, por parte de Vogg e Kevin Foley, guitarrista e baterista dos Decapitated
respectivamente e, claro, com a audiência a tratar dos vocais.
É então que é hora dos deathmetallers polacos
tomarem o palco. Conquistando desde o inicio com ‘Pest’ e seguindo com ‘404’. Foi
aquilo que considero o primeiro momento alto da noite, visto que os Decapitated
não são nenhuns desconhecidos do público português. Mosh pits e crowdsurfings constantes, e com o carismático Rafal sempre a puxar pelo público, os
Decapitated mostraram-se mais uma vez como uma banda que não é para
brincadeiras, fazendo as delícias dos presentes com temas como ‘A View from a
Hole‘, ‘Homo Sum‘ e, para terminar com chave de ouro ‘Spheres of Madness’.
Setlist
2.404
3.The Fury
4.A View From a Hole
5.Carnival is Forever
6.Homo Sum
7.Spheres of
Madness
os primeiros acordes de ‘Transference’, tema retirado do novo álbum, e o público
adere imediatamente e sem hesitar, formam-se os mosh pits e voltam os
persistentes crowdsurfers, para a tristeza dos seguranças. Alexi Laiho,
vocalista da banda finlandesa, sempre muito falador, a agradecer e a louvar o público
português, anunciava agora ‘Silent Night,
Bodom Night’, seguinda por ‘Living Dead
Beat’ com o público lisboeta a cantar
cada palavra e até mesmo cada acorde. Para a felicidade de muitos, a banda optou por
tocar vários temas de alguns dos álbuns mais antigos, como foi o caso de ‘Kissing the Shadows‘, do álbum ‘Follow The Reaper’. O que dizer mais? A verdade
é que os Children of Bodom deram um concerto excepcionalmente bom, nas palavras de
muitos “dos melhores que eles deram em terras lusitanas (se não o melhor)”, e não
deixaram tempo para a audiência respirar entre muito headbanging e muita gritaria,
especialmente durante ‘Are You Dead Yet?’, em
que o próprio Alexi pediu para
fazerem o maior e mais rápido mosh pit que alguma vez houve em Portugal: não sei
se tal foi cumprido mas os fãs bem tentaram.
Para se despedirem, ficaram os temas ‘Hate Me!‘, ‘Downfall‘ e ‘In Your Face‘.
simplesmente foram meio contrariados saíram com um sorriso na cara. Os Children
of Bodom provaram que conseguem ser mais do que uma banda de guitar hero, e que
merecem todo o sucesso que têm tido ao logo dos anos, o mesmo se aplica às
bandas que os acompanharam nestas últimas datas da tournée europeia.
Texto: Marta Louro
Fotos: Catarina Torres, para a Revista ArteSonora, à qual agradecemos a cortesia (foto report completa aqui)
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