Foi no passado sábado na acolhedora Sociedade Recreativa Estrelas do Feijó que teve lugar a edição comemorativa dos XX anos da Feira do Metal de Almada, evento que marcou o underground nos idos anos 90.
Complementando os concertos, foi instalada uma área onde se poderia encontrar merchandising, CD’s, roupas, acessórios e outros goodies que fariam as delicias de qualquer metalhead que se preze, com stands da Glam-o-rama, Outsider Store/Absinto Negro, Boudica’s Lair, Forja Mítica e Non Nobis Productions, entre outros.
Foi já com um considerável atraso, devido a um infortúnio com um acidente a caminho do local, que os Ol’ Jolly Roger começaram o seu concerto, que teve que ser necessariamente encurtado. Nada que demovesse os jovens “piratas” de espalhar a sua energia contagiante no pouco tempo que dispuseram, apesar de não terem entrado completamente no espírito da coisa, o que é perfeitamente compreensível.
Depois de um pequeno intervalo (para comes e bebes no bar da SREF) foi a vez dos Gennoma subirem ao palco. O seu Tech/Death de alguma complexidade percorre vários caminhos entre os riffs maquinais servidos a blast beats, passando por momentos progressivos e atingindo clímaxes em momentos de pesados grooves que fazem abanar a cabeça a qualquer um, com a voz pujante de Fábio Barreira a culminar todo o processo, numa actuação muito enérgica de toda a banda.
Ainda na semana passada tínhamos cruzado o caminho com os sintrenses Legacy of Cynthia na Moita (ver report) mas se há bandas que vale repetir em curto espaço de tempo, esta é uma dessas. A performance teatral de Peter Miller associada a um fantástico leque de grandes músicas, fizeram deste concerto um excelente espectáculo.
A banda tem crescido imenso nas actuações ao vivo e as competências técnicas dos seus elementos fundem-se com uma coesão brilhante. Com uma grande componente melódica, a bateria assertiva de Paulo Adelino e os riffs de Oz suportam a guitarra de Mário Lopes que parece mágica, tal a facilidade aparente com que debita os solos. Sugerimos que espreitem o álbum “Renaissance”, disponível para audição aqui.
A banda de António Boieiro não thrash metal. Os presentes não se fizeram rogados e fizeram deste concerto o mais participado da noite, com muito headbanging e alguns moshes na frente do palco. A sua versão de Saudade (original dos Heróis do Mar, em video abaixo) fez com que toda a gente cantasse em uníssono as deixas sugeridas pelo vocalista, que retribuiu em agradecimentos.
perdeu tempo a mostrar que a maturidade é um posto e logo dominou os acontecimentos, graças à atitude do seu metal poderoso, muitas vezes entrando nas áreas do
Resumindo e concluindo, uma excelente noite com bons concertos e alguns momentos que perdurarão nas memórias de quem lá esteve.
Texto/vídeos (abaixo): Nuno Santos
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