[Report] Gojira + The Raven Age @ Meo Arena (Sala Tejo), Lisboa

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Pouco menos de um ano após se terem estreado em território nacional na última edição do Vagos Open Air, os Gojira voltaram aos palcos nacionais, desta feita na sala Tejo do Meo Arena.
Não se justificando o uso do palco principal do Meo Arena, a sala Tejo acolheu muito bem as hostes metaleiras que a preencheram, ainda que quando os londrinos The Raven Age, banda escolhida para abrir a noite, subiram ao palco cerca das 21 horas a lotação da sala não estaria sequer a meio.

A banda de metal melódico não se intimidou e deixou a sua música falar por si, iniciando pelo Ep de 2014, com os temas ‘Uprising’, ‘Eye Among the Blind’, ‘The Death March’, apresentando ao público nacional, de uma maneira inequívoca, aquilo que é a sonoridade da banda, guitarras e bateria energéticas construindo música pesada caminhando de braço dado com poderosos vocais melódicos, criando um som épico.
A acústica da sala não beneficiou a sua sonoridade e talvez por isso, inicialmente apesar de concentrarem atenções não provocaram reações de grande entusiasmo, situação que ao fim de quinze minutos de atuação parecia ultrapassada com o público a reagir aos apelos da banda, soltando aplausos e assobios, prova que entre a plateia tinham conquistado alguns fãs.
Mantendo a competência e a entrega, seguiram-se temas do futuro álbum com lançamento previsto ainda este ano, ‘Trapped Within The Shadows’, ‘Winds of Change’, ‘Salem’s Fate’, mostrando que a essência das sonoridades do Ep é para manter, a voz traz a melodia, as guitarras e a bateria soltam a força de um som energético e pesado. Para o final regressaram ao EP de 2014 com o tema ‘Angel In Disgrace’, saindo de palco ao fim de uma actuação de cerca de 45 minutos, despedindo-se do público sobe aplausos.
A noite era de Gojira, e foi com uma casa muito bem composta, a gritar pelo quarteto francês, que os mesmos subiram ao palco cerca das 22h15. A maneira como foram aclamados demonstra bem como são acarinhados pelo público português, sobretudo depois do álbum L’Enfant Sauvage, álbum que confirmou a banda outrora uma promessa como uma certeza. Amadurecendo o seu metal extremo desde das suas origens em 1996, a banda, vulgarmente rotulada como Death Metal progressivo, nunca se deixou cair em etiquetas, transpondo rótulos e marcas preexistentes com uma sonoridade muito própria, cheia de pormenores complexos.
Os primeiros acordes de ‘Ocean Planet’ estremecem na sala e soltam-se headbangings que não parariam até ao fim, dando inicio a um espectáculo tanto energético em cima de palco como entre a plateia. O crowd surfing e o headbanging acompanhavam a setlist e não davam tréguas, demonstração física da ansiedade dos presentes por ver a banda.
Começaram pelo álbum From Mars To Sirius mas na setlist composta por quinze temas, se contarmos com o solo de bateria, haveria espaço para viajar por todos os álbuns. Seguiram-se ‘The Axe’, ‘The Heaviest matter of the universe’ e ‘Blackbone’ antes de ‘Love’ o único representante do longínquo álbum Terra Incognita, mas tendo em conta a reação dos presentes, não esquecido.
Beneficiando de um som muito melhor do que os seus antecessores e de uma atitude muito próxima com o público, foi muito fácil desenhar no rosto dos presentes o espelho da satisfação, tendo o vocalista Joe Duplantier procurado aproximar-se ainda mais do público português fazendo referência ao sangue lusitano que lhe corre nas veias por via dos seus avós. Em comunhão, sempre que a banda concedia algum momento de pausa, o público gritava por ela salivante por mais, e a melhor recompensa terá sido o tema ‘L’Enfant Sauvage’ recebido de maneira ruidosa, provando o sucesso do álbum homónimo em terra nacionais.
Depois momento para Mario Duplantier roubar o palco para si e abrilhantar o espetáculo com o magnifico solo de bateria, dando o mote para os temas que se seguiram ‘Toxic Garbage Island’ e ‘Flying Whales’. Mario Duplantier voltaria a reclamar as atenções para si quando se dirigiu à frente do palco para compelir as hostes para o Wall of Death da noite, ou como o mesmo disse “o muro da morte”, no tema ‘Wisdom Comes’. 

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Gojira em Lisboa: Wisdom Comes (wall of death)
Gojira ontem em Lisboa!Report e fotos brevemente nesta página.Like and share: Songs for the Deaf Radio
Posted by Songs for the Deaf Radio on Terça-feira, 14 de Julho de 2015

‘Oroborus’ antecedeu o encore no que era já um concerto muito satisfatório mas ninguém se incomodou com os três temas “extra” com que fecharam a noite ‘Vacuity’, ‘World to Come’ e ‘The Gift of Guilt’, tendo saído de palco sobe um coro de aplausos.
Os Gojira deixaram agradecimentos pela maneira como foram recebidos no seu primeiro espetáculo como headliners em Portugal tendo prometido voltar com um novo álbum, sendo certo que deixaram em Portugal uma legião de fãs que estará pronta para os receber novamente com o mesmo ou maior entusiamo.

Texto: Henrique Duarte
Fotos: Joana Marçal Carriço (todas as fotos brevemente no nosso facebook, aqui)
Agradecimentos: Prime Artists

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