Quinta-Feira (1º dia)
O clima não ajudava e perdemos alguns concertos de bandas já conhecidas dos nossos leitores, tais como: Shitmouth, Blast Off, Equaleft, Internal Suffering e Neuroma, mas chegámos mesmo a tempo de assistir no SWR Colosseum, aos Skyforger que dedicaram este concerto às vitimas da ocupação do seu país de origem e de todas as vitimas de perseguição política e religiosa nos Bálticos, que infelizmente ainda decorre por lá.
Assim presentearam-nos com um concerto envolvente com poemas críticos e de sentimento negro ao desfiarem os temas do seu mais recente trabalho no género Pagan/Folk/Thrash/Black Metal, o ‘Senprusija‘ onde a banda demonstrou as influências e importância dos prussianos na Letónia e Lituânia de hoje mencionando figuras relevantes e citando Peter, ‘as canções em si falam sobre alguns eventos importantes e os tumultos daqueles tempos, como a Grã-insurreição prussiana, o lugar pagão sagrado de Romuva, o sumo sacerdote Krive Krivaito, os deuses antigos e heróis de guerra como Herkus Monte’.
Assim presentearam-nos com um concerto envolvente com poemas críticos e de sentimento negro ao desfiarem os temas do seu mais recente trabalho no género Pagan/Folk/Thrash/Black Metal, o ‘Senprusija‘ onde a banda demonstrou as influências e importância dos prussianos na Letónia e Lituânia de hoje mencionando figuras relevantes e citando Peter, ‘as canções em si falam sobre alguns eventos importantes e os tumultos daqueles tempos, como a Grã-insurreição prussiana, o lugar pagão sagrado de Romuva, o sumo sacerdote Krive Krivaito, os deuses antigos e heróis de guerra como Herkus Monte’.
Eu sinceramente não conhecia a banda e acredito que é seguro dizer que nós temos aqui um exemplo perfeito de como, na minha humilde opinião é claro, o Pagan/Folk Metal deve soar, música apaixonada e ardente .
Um alinhamento em formato Festival normalmente não dá direito a ‘encore’ mas este foi especial e quase todas as bandas, tal como esta, brilharam e o público clamava por mais e as bandas cedendo sempre aos pedidos foram tocando ‘mais uma’ em quase todo o evento. Foi um belo e intenso concerto.
Depois Killimanjaro… a questão colocou-se ‘que estão estes aqui a fazer?’ Uma banda fora do ambiente mas que mergulhou bem e com qualidade na euforia pesada e tocaram o seu Heavy-Rock com os temas mais acelerados do seu trabalho ‘Hook‘ ajudando assim a manter os níveis de adrenalina ‘em altas’ , para o que viría logo a seguir, com um bom concerto.
FLESHGOD APOCALYPSE foi um dos melhores momentos desta festa e para mim pessoalmente, o mais ansiado por ser fã acérrima destes meninos italianos. FLESHGOD APOCALYPSE apresentam-se de uma forma elegante, vestidos de smoking e munidos das suas guitarras personalizadas da Overload Custom Guitars & Basses.
O facto de eles trazerem a cantora soprano Veronica Bordacchini com eles, vestida de negro e a sua máscara de arlequim tipicamente italiana na sua performance ao vivo, apenas os torna ainda mais cavalheiros. Foi bom ver uma presença feminina em palco em todo o evento.
Não precisaram da grande cenografia e caracterização, que os distingue, para fazerem um concerto de encher a alma de música estrondosamente bem feita. Beethoven de certeza que também fez o seu headbang na sepultura e abençoou esta performance tão peculiar!
Tocaram os temas do seu 3º trabalho ‘Labyrinth’ elevando o público ao estado de transe negro e os falsetes executados por Paolo Rossi elevaram-me e ao público ao rubro, num concerto poderosíssimo, superando todas as minhas expectativas deste quinteto de Symphonic technical death metal, neste fantástico evento de Underground.
A banda alternou-se na animação em palco com as intervenções do pianista/animador Francesco Ferrini e as palavras de charme e simpatia do vocalista Tommaso Riccardi, que fez questão de brindar com o público com um copo de vinho tinto FleshGod Apocalypse que batizaram com o nome de Minotaur e que pode ser encontrado no seu Merch. Devo dizer que saímos todos do concerto em êxtase!!
A seguir subiram ao palco os Grime na onda Sludge/Doom para acalmar as vibes emanadas dos seus vizinhos italianos. Uma banda que nos chega de Trieste também em Itália, com um som excepcional e envolvente. Foram tocando temas dos seus dois trabalhos ‘Self Titled‘ 2011 e ‘Deteriorate‘ de 2013, tendo ficado no ouvido o tema ‘Charon‘. Diria que o som é saído de um pântano enlameado com riffs de guitarra enferrujados com um ritmo lento e pesado, como se uma ‘avalanche de lixo’ nos entrasse pelos ouvidos, contudo estava bem cheia a sala Dungeon e o público não arredou pé ao assediaram a banda com os seus headbangs.
Shining era uma das bandas vindas da Suécia mais esperadas do evento e mereceu o clamor pela música Extreme Black Metal que nos deram aos desfiarem as faixas do seu mais recente trabalho que saíra poucos dias antes, ‘IX – Everyone, Everything, Everywhere, Ends’. Que grande concerto no Colosseum e que excelência nos solos de guitarra! O público ao rubro pedia mais e tiveram de nos dar um ‘encore’.
Mais um ping pong de sala para sala e de novo na Dungeon os Incinerate com o seu Brutal Death Metal arrasaram connosco! Mosh do inicio ao fim do concerto com o seu trabalho ‘Eradicating Terrestrial Species’ com excelentes malhas de baixo e som com alucinante ferocidade a não deixar ninguém indiferente. Esta banda acompanha Internal Suffering e Neuroma nesta Tour Europeia e valeu a pena assistir.
Crisix...que nome tão adequado ao sentimento geral e atual não? Uma banda que nos chega da vizinha Espanha (de Barcelona) e pela a qual dezenas de espanhóis que estavam presentes mais ansiavam, com o seu Thrash Metal bem esgalhado apesar da tenra idade dos seus elementos e com um inglês com sotaque castelhano, conseguiram levantar as hostes e provocaram o caos na sala Colosseum! Tocaram as musicas do seu mais recente trabalho ‘Rise..Then Rest‘ mas com o tema ‘Bring ‘em to the Pit‘ ligaram o interruptor do mosh e alegraram mais uma vez o evento com muito talento!
De volta à Arena SWR fomos ouvir os portugueses Redemptus, uma banda encabeçada pelo ex-vocalista de EAK e atual vocalista de BESTA. Há que dar valor ao poder vocal de Paulo Rui e à qualidade musical deste grupo de post metal que nos presenteou com musica repleta de talento que neste álbum ‘We All Die The Same’ que revela nas suas poesias a crueldade humana e a sua capacidade de engendrar o mal para com o seu semelhante mas, com uma nota de esperança na sua redenção (redemptus). Excelente!
A seguir na mesma sala, vieram os Wells Valley, chegados de Lisboa para acabar mais uma noite em beleza. Trouxeram-nos os temas do seu mais recente trabalho ‘Matter as Regent’ e se havia alguém com sono, depressa espevitou e fez tremer o palco mais pequeno do recinto oferecendo-nos um Post Metal e Sludge Doom. Infelizmente o som nesta SWR Arena nunca foi dos melhores em todo o evento, mas mesmo assim a banda arrasou e arrebatou o peito do público com as musicas ‘Star over a Wheel‘ uma das melhores do álbum, ‘Kingdom of Salvation’ e ‘Set the Controls’ embrulhando assim a 2ª noite chuvosa, em grande!
Texto: Stanana
Fotos: Michele Hasselti // Latrodectus Hasselti Photography (mais fotos brevemente no nosso facebook)
Fotos: Michele Hasselti // Latrodectus Hasselti Photography (mais fotos brevemente no nosso facebook)
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