Estamos já na fase final deste estrondoso evento e temos a cabeça a mil, mas este dia
prometia ser mais um maravilhoso momento de música e de alegre convívio e assim
foi!
noite em que a chuva veio por uns momentos arrefecer o ambiente no camping, o
sol voltou a brilhar de manhã para não estragar a partida de Brutal Soccer com os fãs inscritos e que
iria decorrer no inicio da tarde, no campo do ADB. Ainda com os vapores alcoólicos a subirem aos cérebros, deu-se
uma bela e animada partida pois ouviam-se os aplausos e gritos eufóricos,
vindos do campo de futebol mesmo ali ao lado!
trabalho ‘Circunvalação’ que nos remeteu aos gloriosos anos 80 e os ingleses HEY COLOSSUS, com o seu álbum de 3
longas faixas ‘All The Humans (Are Losing Control)’ em estilo doom heavy rock
psychedelic, com músicos de excelência e um vocalista a cantar desafinado,
provocou uma estranhesa interessante no público, que se animou para a festa.
Estas foram as bandas que abriram na
sala Arena o inicio deste dia.
ver INFRA na Dungeon, um trio vindo
de Lisboa com o seu death, doom/black
metal e o seu mais recente EP ‘Initiation on the Ordeals of Lower
Vibrations’ com 2 faixas lançado em
vinil e seduziram-nos na sua escuridão e com os seus rituais metafísicos
colocando o público em dark transe.
Foi a vez de VALKYRJA, vindos da Suécia, de subirem
a palco na Abyss e iniciou-se uma brutal festa com a violência do seu black metal e a sua edição de 2013 ‘The
Antagonist’s Fire’ com 7 faixas.
Fizeram-nos entrar no mundo dos Vikins
escandinavos fazendo-nos imaginar as assassinas guerreiras sobrenaturais, tal como
o seu nome representa, a oferecerem as almas de guerreiros e saques sangrentos
ao Deus Odin em Valhalla. Uma festa de guerra e sangue! Estes músicos dão-nos
um misto de riffs groovy rock n roll com um extreme metal e um tremolo picking nas guitarras
embrulhadas numas melodias frias e melancólicas, uma banda que nos arrasou com
o seu blast beat infernal,
deixando-nos exaustos.
Vila Real popularizou-se no país com a sua apresentação carregada de ironia,
sarcasmo, piadas, nonsense e com o
seu happy grindcore/death metal! Foi tempo de ver desta vez na Abyss,
máscaras no público onde vimos o Nemo, um alien verde, chapéus de vários
animais, pillow trashing e alegria carnevilesca
aos potes. Soltaram o seu mais recente trabalho ‘Star Whores’ e fizeram a
folia! Com temas como nomes como ‘Life of a Penis’, ‘Caguei na Betoneira’,
‘B.O.O.B.S. (Best Objects of Baby Sucking)’ e ‘Vaseline’ destilaram o suor do
recinto numa loucura eufórica, gritando ‘Nós somos os Aborted e estamos aqui,
caralho!’, tendo assim direito a uma invasão de palco e culminando com uma
versão dos Nirvana do ‘Territorial Pissings’, promovendo um blast nesta última
noite de festa! Absolutamente excelente!
Foi um
belo concerto de death metal poderoso
e uma bela visão em palco do baixista Patrick Boleij com o seu looongo cabelo loiro, encantando as meninas
que assistiam. Partilharam também temas novos, que se encontram em fase de
gravação ao fim de 6 anos de interregno, criando uma grande expectativa por
mais novidades desta banda que já existe desde 1997, depois do seu último
lançamento em 2010 do álbum ‘Slaughtered’!
volta a Barroselas vinda da Finlândia com a sua gélida e petrificante missa
negra que teve ‘direito’ a uma bíblia ardente em palco, fazendo jus ao seu
estilo death/black metal e ao seu 3º
álbum ‘The Apocalyptic Triumphator’ considerado um dos melhores lançamentos do
ano de 2015.
com alguns ainda adrenalizados para
fazer crowdsurfing irritando o
público mais velho que queria prestar a sua reverência a esta banda criada em
1989!
experientes conseguiram enlevar-nos numa descarga massiva de death, vomitando
uma carnificina sepulcral embebida numa orgia negra que escorria pelos ouvidos
a dentro com riffs primitivos e blast
beats, colados a um frenezim de speed e meio tempos, zumbindo com ritmos
explosivos. Um brutal show que encheu as almas negras e semblantes carregados
de ódio, dos presentes!
representação feminina ao evento, com estes americanos, já repetentes no SWR!
Amber Valentine, vocalista, guitarrista, baixista e exímia na Arte do Desenhar e
o baterísta Edgar Livengood ,deram um concerto de quase uma hora no estilo sludge/doom metal/drone e punk, apresentando-nos
uma miscelânea de temas e o seu álbum ‘District of Dystopia’ de 2014.
encantadores de serpentes embalaram, apaixonaram e ligaram à corrente o
público, com letras que abordam a guerra, o niilismo e a opressão. Este som
representado na guitarra distorcida e um pesado sludge rock misturado com uns samplers densos e profundos
produziram uma interação perfeita em 4 tempos e bits duplos da bateria, uma
união sem defeitos destes dois músicos. Mais um, excelente e de altíssima
qualidade, concerto que assistimos!
Abyss, foi a vez dos INCANTATION! A
banda de old school death metal , criada em 1989, está
de volta ao evento, vinda dos E.U.A.
Proporcionou um
concerto blasfémico com uma rapsódia de temas que podem encontrar-se na sua
mais recente edição em formato de Compilação de edição limitada o ‘XXV’ e no
seu mais recente trabalho lançado em 2014 ‘Dirges of Elysium’. Fizeram-nos
viajar no seu sombrio death metal com riffs de guitarra distorcidos e McEntee
com os seus grunhidos diabólicos acompanhava o baixo que deambulava nas batidas
da bateria, com letras cuspindo veneno, contra o cristianismo. Um momento
profundamente demoníaco e poderoso destes músicos experientes, que nos deram um
excelente show!
estrondoso concerto, com o seu caveman
battle doom metal e fizeram estremecer as hostes com o seu ‘Revengeance’,
acabado de editar em Janeiro de 2016.
doom inspirado na mitologia viking fizeram-nos marchar ao som das guitarras lânguidas e um ritmo frenético imparável. O terceiro álbum full-length de CONAN provavelmente deixou uma impressão
mais profunda. As incursões nos tempos mais rápidos e vocais mais proeminentes ligam
bem com a sua marca de brutalidade sludgy e pode até mesmo suavizar a sua
imagem por trás de sua aparência bárbara em palco. Um belo concerto!
muito ansiado por mim e pelo público e provou-se mais uma vez que o thrash é um
estilo a que ninguém fica indiferente.
Esta banda brasileira foi encantadoramente
simpática e nos intervalos das músicas foi agradecendo à tribo a sua
cumplicidade e falando dos eventos recentes no seu país, gritando palavras de
ordem contra o fascismo, que tem vindo a instalar-se no por lá e na necessidade
de mudança de mentalidade para que nunca mais volte a opressão da ditadura.
a palco o seu mais recente trabalho e os temas ‘Atomic Nightmare’,Toxic Death’,
‘Ordered to Thrash’ e ‘Destined to Die’ e no fim ‘United for Thrash’ entre
outros, foram o mote para um mosh pit contínuo só interrompido pelas palavras
do vocalista e baixista Pedro “Poney Ret” Arcanjo que não nos deixava
esquecer a grandeza do thrash metal old school e a capacidade que música tem de
transmitir valores e alertar para as conspirações políticas que vão contra a
democracia e a liberdade humana!
inesquecível que há muito desejava ver e valeu cada segundo! Brutalíssimo!!
Ainda com o
peito aos pulos fomos acalmar para a Arena e ver MISS LAVA, contudo não vimos o concerto até ao fim pois era hora de
levantar ferro e seguir viagem para
casa.
O evento teria como última banda os portugueses SIMBIOSE e o seu grindcore para acabar a festa de concertos e continuaria no SWR Bar com mais atividades e música dos DJs convidados.
consegui conduzir até Ponte de Lima com a alma cheia e que me levou uns dias a
recuperar da adrenalina vivida neste 4 dias de intensa
ao SWR não poderás nunca saber o quão maravilhoso é este evento em TODOS os
sentidos, a sensação de inclusão e de finalmente estares com a ‘família’ certa
sem merdas nem censuras é de uma liberdade inestimável! Só quem vem, é que
guarda no seu coração para sempre, esta experiência onde encontramos o NOSSO
mundo ideal por uns dias!
que vão mais além do que, EXCELENTE EVENTO!
SWR, vamos aos XX!!
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