Revolution Within |
Para abrir as hostilidades estiveram no palco os portugueses Revolution Within. Entraram com a energia ao rubro e com a casa praticamente cheia, levaram o público a reagir quase imediatamente. Apresentaram temas do seu segundo álbum “Straight From Within” e foram muito bem recebidos. A parte central da plateia esteve praticamente sempre em movimento, com moshes e circle pits, culminando com um Wall of Death no seu último tema. Rui Alves puxou sempre pelo público e a banda, consistente, provou-se uma boa escolha como banda de abertura.
Tudo parecia estremecer quando as primeiras batidas irromperam no Paradise Garage. Começaram com “Capsizing The Sea”, intro para a apelativa “In Waves” do seu último álbum com o mesmo nome, e foram desfilando temas de praticamente todos os seus álbuns. No terceiro tema, já todo o público saltava fazendo parecer um mar agitado. Era impossível não se deixar envolver por essas ondas gigantes e turbulentas.
Matt apresentou-se aos fãs em português e mencionou que apesar de a vontade de virem tocar a Portugal já existir há anos só agora conseguiram vir pela primeira vez. Este foi o último concerto da tour que dura há cerca de um ano e meio e ficou certamente marcado na história da banda como um grande momento, porque pelas suas palavras e reacção ficaram rendidos à forma como foram recebidos pelos portugueses. Penduraram inclusivé a bandeira portuguesa oferecida pelos fãs, na plataforma de onde se erguia a bateria, ficando ali até ao final do concerto.
Após “Entrance Of The Conflagration” do seu terceiro álbum “The Crusade”, momento para um Wall of Death gigante, Matt continuou a puxar pelos fãs, pedindo mais e mais. Mencionou ainda que todos erámos iguais, a banda e o público e todos precisávamos estar em sintonia. A banda não ficou desiludida ou a frase “you’re amazing” não sairia de forma tão espontânea, consecutiva e sentida.
Em “Watch The World Burn” foi mais um momento de comunhão entre o público e a banda enquanto entoavam o refrão em uníssono. Após mais saltos, moches, circle pits e Wall of Death, chegou a altura do crowd surfing e esse quando começou foi consecutivo. O segurança que estava na frente não teve mãos a medir na recolha de corpos que iam aparecendo na frente no palco, mas incansável lá ia recolhendo um atrás de outro.
A banda mostrou-se sempre com grande à vontade e energia em palco e apesar do som elevadíssimo e algumas inconstâncias por parte da bateria, pode-se dizer que foi um dos melhores concertos do género nos últimos tempos, pela entrega de ambas as partes e pela intensidade constante. Dedicado a todos os presentes e a Portugal, terminaram em grande com “Throes of Perdition”.
Já na despedida e com o tema de fundo “Leaving This World Behind”, foram distribuindo umas centenas de palhetas e algumas baquetas pelo público, deixando a promessa do regresso a Portugal.
BREVE ENTREVISTA A REVOLUTION WITHIN:
No que diz respeito ao concerto, superou largamente as nossas expectativas, sem dúvida! Pensávamos que, uma vez que éramos a banda de abertura, teríamos muito menos público que os headliners… Ainda bem que nos enganámos!
O concerto foi brutal! O público foi extraordinário! Nunca pensámos ter tão boa reacção! Por mim voltávamos a tocar hoje (risos)…
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